31 de janeiro de 2008

Congresso reúne 60 melhores chefs do mundo em Madri


Estrelas da gastronomia exibem Coca-Cola sólida e coração de peixe em evento.

As texturas, aromas e sabores que prometem revolucionar os restaurantes mais famosos do planeta começam a ser provadas nesta segunda-feira em Madri.

Os 60 melhores chefs do mundo se reúnem no congresso Madri Fusion com receitas vanguardistas que incluem Coca-Cola sólida, coração de peixe ou carvão de caroço de azeitona.

A reunião internacional tem como padrinho o cozinheiro espanhol Ferrán Adriá, eleito melhor chef do mundo, doutor honoris causa e inventor do nitrogênio líquido.

Como Adriá, a maioria dos cozinheiros que participam do Madri Fusion apostam no que chamam de minimalismo gastronômico, uma proposta de misturar tecnologia e criatividade para realçar matérias-primas tradicionais.

Na edição de 2008, que terminará na próxima quinta-feira, os destaques serão a nova cozinha nórdica (convidada deste ano), molhos à base de azeite de oliva, a Coca-Cola sólida em forma gelatinosa para sobremesa, corações de pescados com sangue coagulado do próprio animal e o uso de caroços de azeitona como brasa ecológica e aromática.

Todos os pratos serão ensinados aos mais de 600 inscritos de todos os continentes, que pagaram cerca de R$ 2 mil para aprender as receitas ao vivo.

Internet na cozinha

Outro destaque do congresso será a internet. Em quatro palestras, os chefs comentarão (dois minutos cada um) seu vínculo com a rede e as utilidades para a gastronomia internacional.

"A internet tem influência em todos os setores da sociedade, na cozinha não poderia ser diferente", disse o diretor do Madri Fusion, José Carlos Capel.

Os painéis terão como temas os menus e reservas online, blogs e a nova crítica gastronômica e a difusão de receitas, criações e intercâmbios através da rede.

Entre os chefs de mais prestígio internacional estão o italiano Fulvio Pierangelini, apelidado de "filósofo do sabor" e o francês Paul Pairet, que ensinarão truques e receitas no painel "Velhas cozinhas, criatividade entre Oriente e Ocidente".

Com as mãos

O congresso terá ainda conferências sobre a cozinha tradicional com antigos fornos de lenha, novidades da gastronomia asiática, agricultura orgânica, alimentos para o estado de ânimo, azeites essenciais na comida e formas de decoração e combinação de texturas, aromas e sabores chamadas de "jogos sensoriais".

Outro painel de destaque é a nova tendência refinada de comer com as mãos em restaurantes de luxo, que será explicada (e definida, de acordo com o tipo dos pratos) no último dia do evento.

Os chefs também ensinarão a fazer a "compra perfeita". Para isso, avaliarão os produtos de temporada e analisarão os ingredientes mais econômicos e que combinem para elaborar receitas criativas.

A palestra que mais expectativa está criando é a de Ferrán Adriá, na terça-feira. O chef espanhol vai explicar a simbiose entre os sabores doces e salgados.

Fonte
BBC

30 de janeiro de 2008

Carlsberg vai vender cerveja a 273 euros para competir com vinhos

A Carlsberg, maior cervejeira escandinava, vai começar a vender uma cerveja que custa 400 dólares (273 euros) para concorrer com os vinhos de luxo no mercado dos restaurantes "gourmet".
A garrafa de 37,5 centilitros, denominada Vintage nº 1, vai custar 2.008 coroas dinamarquesas (396,47 dólares), em alusão ao ano da sua introdução, anunciou hoje a Carlsberg, citada pela Bloomberg.
A cerveja estará disponível a partir de hoje em três restaurantes de Copenhaga, incluindo o Noma – que tem duas estrelas Michelin.
"Estamos a tentar elevar a fasquia daquilo que a cerveja representa", disse à Bloomberg o criador do produto, Jens Eiken. Segundo este responsável, o preço da cerveja é barato, atendendo ao tempo que a cervejeira demorou a desenvolvê-la.
Esta cerveja, que custa 357 vezes mais do que a principal marca dinamarquesa da Carslberg, a Pilsner, contém ameixa, caramelo, baunilha e carvalho, adiantou Jens Eiken. Tem uma cor acastanhada, alguma espuma e cai muito bem com queijos e sobremesas, acrescentou à Bloomberg o pai desta cerveja.
A Carlsberg, que vende mais de 150 marcas diferentes de cerveja em todo o mundo, não tem ainda planos de exportação da Vintage nº 1. Algumas das garrafas estarão à venda na próxima semana no "site" da empresa.
"Há pessoas em restaurantes a pagar 20.000 coroas dinamarquesas por uma garrafa de vinho ou de Porto, por isso podem pagar o mesmo por uma cerveja de qualidade excepcional", comentou Eiken.
Segundo o mesmo responsável, a Carlsberg pretende introduzir uma outra cerveja "gourmet" em 2009 (que custará 2.009 coroas) e outra em 2010 (que custará 2.010 coroas).
Esta será a cerveja especializada mais cara do mundo, afirmou Eiken. A Boston Beer Co., fabricante do tipo de cerveja Samuel Adams, vende a sua cerveja Utopia por cerca de 100 dólares por garrafa.
Recorde-se que hoje a Scottish & Newcastle (S&N), dona da portuguesa Central de Cervejas, aceitou a oferta conjunta de aquisição apresentada pela Carlsberg e pela Heineken.

Fonte:

Jornal de Negócios

29 de janeiro de 2008

Rótulo do Vinho Reserva Cordelier vence Prêmio Qualidade Flexo 2007


A Vinícola Cordelier, localizada no Vale dos Vinhedos, comemora mais uma conquista referente ao ano de 2007. No mês de dezembro, o vinho “Reserva Cordelier” obteve o primeiro lugar na 15ª edição do Prêmio Qualidade Flexo 2007, na categoria “ Rótulos e Etiquetas Adesivas”, concedido pela Associação Brasileira de Fabricantes em Flexografia (ABFLEXO).O prêmio foi entregue no dia 07 de dezembro, em São Paulo, durante evento que reuniu mais de 1.500 convidados, entre gráficos, agências de publicidade, fabricantes de máquinas, papel e tintas. Desenvolvido pela Plano Design e impresso pela Catuaí Print, o rótulo do vinho Reserva Cordelier remete à pequena e cuidadosa produção deste vinho elaborado a partir de uvas provenientes de parreirais próprios cultivados na sede da vinícola, traduzindo a elegância e excelência da bebida. A distinção, considerada a maior da indústria flexográfica, é concedida através de votação nacional entre os fabricantes.

28 de janeiro de 2008

Consumo de cafeína pode prejudicar diabéticos, diz estudo


Um estudo realizado por cientistas americanos sugere que o consumo de cafeína entre pacientes de diabetes tipo 2 pode aumentar o nível de açúcar no sangue.
Publicada na revista científica Diabetes Care, a pesquisa, realizada na Duke University, nos Estados Unidos, monitorou o nível de açúcar em 14 pacientes diabéticos e sugere que o estimulante pode aumentar o nível de glicose diário em até 8%.
Para realizar o estudo, os cientistas deram dois tipos de comprimidos para os participantes: um placebo e uma cápsula de cafeína, equivalente a quatro xícaras de café.
Os participantes alternaram a ingestão das pílulas diariamente e tiveram os níveis de açúcar monitorados através de um sensor de glicose subcutâneo capaz de monitorar os níveis de glicose por um período de até 72 horas.
Impacto da cafeína
Segundo James Lane, que liderou o estudo, o próximo passo será analisar se uma dieta sem cafeína pode ajudar a controlar o nível de açúcar em pacientes de diabetes 2.
Segundo ele, uma das causas do aumento no nível de glicose pode ser a interferência da cafeína no processo que transporta a glicose do sangue para o músculo e outras células do corpo.
Além disso, a cafeína pode também ativar a liberação de adrenalina, o que contribui para o aumento no nível de açúcar.
"Meu conselho para os pacientes que estão tentando controlar o nível de glicose e tomam café com freqüência, é tentar parar para ver se alguma diferença é observada", disse.
Lane suspeita que a sensibilidade dos pacientes pode influenciar nos resultados da redução no nível de glicose.
De acordo com Cathy Moulton, da ONG Diabetes UK, que trabalha com pacientes diabéticos, o estudo ainda é limitado.
"A pesquisa é interessante. No entanto, o estudo examinou apenas uma amostra de dez pessoas em um período de 72 horas, o que é muito pouco", afirmou.
"É preciso realizar mais pesquisas antes de pedir aos diabéticos pararem de tomar café", explicou Moulton.
"A melhor maneira de controlar o nível de glicose é com uma alimentação saudável e a prática de exercícios", concluiu.


FONTE: BBC BRASIL

25 de janeiro de 2008

Sanatório ucraniano receita 'terapia de vinho' a pacientes


Um spa para tratamento de saúde na Ucrânia está prescrevendo aos seus pacientes bebidas alcoólicas para o tratamento de problemas como estresse, impotência e até mesmo problemas cardíacos.

O Sanatório das Estrelas da Criméia, em Alushta, desenvolveu um tratamento chamado “terapia do vinho”.
Apesar de o nome parecer uma piada, o sanatório trata sua “terapia do vinho” de maneira muito séria.
A primeira parada para quem quer se internar não é o bar. Em vez disso, há uma consulta médica.
A partir dessa consulta, os pacientes são então orientados sobre que tipo de coquetéis devem tomar.

Pesquisas

O médico Alexander Sheludko, que desenvolveu o tratamento, diz se basear em pesquisas médicas que mostram que o consumo moderado de vinho pode ser bom para a saúde.
Ele afirma que centenas de pessoas já passaram pelo tratamento desenvolvido por ele.

“O vinho é um produto vivo que contém vitaminas. Ele tem vários compostos que são biologicamente ativos”, diz.

Seu tratamento oferece sete tipos diferentes de coquetéis.
A fórmula é simples – vários tipos de ervas secas são misturados com vários tipos de vinhos produzidos na própria região da Criméia.
De vez em quando, um pouco de vodca é adicionada para um empurrãozinho a mais.
Então tudo o que é necessário fazer é sentar, relaxar e cumprir a “prescrição” de tomar suas bebidas três vezes ao dia por uma ou duas semanas.
Pequenos copos de bebida são servidos a partir das 7h da manhã no café do sanatório.

Relaxante


Lena Borodina, que trabalha como cabeleireira na Rússia, já experimentou vários tratamentos alternativos.
Ela diz que viver em Moscou é estressante e que ela viajou à clínica na Ucrânia para tentar algo que a relaxe.
“Acho que a terapia do vinho é um tipo excelente de tratamento. Ele te relaxa, te dá força e te preenche com vigor”, diz ela.
“Estou contente de que ele parece estar funcionando. Estou gostando bastante”, afirma.
Mas especialistas em saúde ucranianos estão céticos sobre os possíveis benefícios médicos da “terapia do vinho”.
Também há a questão de saber se é uma idéia boa em um país com altos níveis de alcoolismo.
“Acho que uma terapia como essa poderia levar à dependência da bebida. Poderia se tornar o primeiro passo para uma dependência psicológica’, diz Iryna Lipych, especialista em alcoolismo.

“Também é importante lembrar que o álcool provoca vários problemas médicos e tem especialmente um efeito ruim sobre o fígado”, observa.

Fonte:

BBC

24 de janeiro de 2008

Importação brasileira de vinho português cresce 25%


A venda de vinhos portugueses para o Brasil aumentou 24,69% em 2007, na comparação com 2006, anunciou nesta quarta-feira o governo brasileiro.

As importações brasileiras de vinho luso totalizaram US$ 23,49 milhões, referentes ao consumo de 6,6 milhões de litros no período em análise, um aumento de 12,94% em volume, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Terceiro maior exportador de vinhos para o mercado brasileiro, Portugal possui uma cota de mercado de 15,03%, atrás de Chile (30,5%) e da Argentina (22,1%).

Em 2007, as exportações da Itália, quarto maior fornecedor de vinhos para o Brasil, com 14,09% do mercado, superaram as vendas portuguesas em volume, com 9,2 milhões de litros, um aumento de 14,7%.

Em termos de valor, porém, as exportações italianas ficaram atrás das vendas portuguesas, com US$ 22 milhões, uma alta de 29,59%.

Entre os principais fornecedores de vinho para o mercado brasileiro no ano passado estão ainda França, Espanha, Uruguai, Austrália, África do Sul e Alemanha.

Em 2006, as importações brasileiras de vinho português haviam aumentado 30% na comparação com 2005, totalizando US$ 18 milhões, resultado da compra de 5,9 milhões de litros.

FONTE :

A LUSA

23 de janeiro de 2008

Variações sobre o azedo


Do mais ácido ao mais adocicado, o limão - ou melhor, suas variedades - tem usos culinários que vão além das receitas mais conhecidas. Saiba mais sobre a versatilidade deste ingrediente que tem aroma e gosto de verão e enriquece inúmeros pratos

Suco, bagaço e casca: tudo é aproveitado nesta fruta cítrica que, provada pura, pode provocar caretas por sua extrema acidez. Mas é ótima para aguçar o apetite ao dar um toque sempre especial a frutos do mar, massas, doces, aperitivos. O limão, ou, como você pode observar na página, os limões, tem mesmo esse papel. Não são poucos os que não concebem apreciar delícias árabes ou mesmo uma singela ostra sem ele. Certamente você deve ter sua preferência sobre como utilizá-lo - e atire a primeira fruta quem nunca deu sua espremidinha.

Existem dezenas de tipos de limão, e a diferença não está só no nome: eles são usados para fins culinários diversos. Mas os que prevalecem em nossos mercados são o galego, o taiti, o siciliano e o cravo. Se tem gente que ainda se atrapalha com as variedades e seus nomes, é bom lembrar que as confusões já foram ainda maiores, especialmente por conta das traduções, quando eram mais comuns no país o uso e a publicação de receitas estrangeiras. Lemon, por muitos anos, foi traduzido como limão - só que o termo se refere não ao fruto verde e mais ácido, mas ao siciliano. Lime, por sua vez, designa tipos como o galego e o taiti. Coisa semelhante acontecia com o francês: citron, é o siciliano; citron vert, os verdinhos. Uma incongruência que deixou muitos cozinheiros, donas de casa e gourmets meio malucos, pois ora os pratos saiam azedos demais, ora de menos.

Superados os inconvenientes lingüísticos, vamos saber como extrair o melhor dos variados tipos. Muito comum na região mediterrânea, o limão, assim como todas as frutas da chamada família citrus, vem da Ásia. Foi só durante a Idade Média que começou a aparecer em pratos europeus, criando fama pelas mãos de chefs franceses e italianos.

Bagaço

O bagaço, a mais injustiçada das partes do limão por concentrar grande parte da acidez da fruta, além de ser usado na limonada suíça (com o sumo), é bastante requisitado para finalidades assépticas. Ou você nunca o utilizou para lavar frangos e outras aves antes do preparo, ou mesmo para tirar cheiros fortes, como o de peixe, de panelas ou mesmo das mãos? Sem contar que algumas variedades mais adocicadas, como o limão-cravo, você pode colher do pé e chupar - igual a uma laranja.

Sumo

Bem, esta é fácil. O sumo do limão é o suco da fruta, mundialmente conhecido como base da limonada. Se a bebida for feita à maneira chamada "suíça", o limão deve ir ao liquidificador com o bagaço e o ideal é tomar imediatamente, para dar tempo de saborear a espuma. Na cozinha, o sumo vai muito bem em molhos de salada, ceviches, legumes grelhados, massas, doces - inclusive na elaboração de caldas. Também é bastante usado para cozinhar peixes, misturado à água e ao sal.

Casca

Da casca do limão, o chamado zest (sem a parte branca, amarga), saem as raspas, usadas para "dar perfume a variados pratos, sem conferir acidez", como define Bel Coelho, chef do Buddha Bar. No Arábia, Leila Youssef gosta de espalhar as raspas em carnes. "E uso no quibe cru de salmão", acrescenta. Em drinques e doces também é possível aproveitar a aromática resina (igualmente chamada zest) que se obtém torcendo a casca. Se for confitada, suavemente adocicada, também fica uma delícia.

Tipos de limão:

Galego :

Pequeno em relação aos outros limões, levemente amarelado, tem elevado grau de acidez. Por isso, é recomendável que seja usado em molhos de saladas e para cozinhar peixes, com água e sal. É bom também para sucos.

Taiti:

Com uma casca verde aromática, de cor intensa, é o tipo mais comum no País. Conhecido apenas como "limão", seu nome é, na verdade, lima ácida taiti. O mais potente dos limões encontrados por aqui.

Cravo:

Quando está maduro lembra uma mexerica, por sua coloração alaranjada. É o mais adocicado dos limões difundidos no País e, por isso,
muito usado em doces. Dá ainda uma ótima e perfumada limonada.

Siciliano:

A maior das variedades, é comum na Europa - lemon, em inglês - e tem uso culinário similar ao taiti. Mas, como é menos ácido, é bastante requisitado por chefs confeiteiros. Como tem uma casca grossa, fica muito bom confitado.

Fonte:

Estadão: Giovanna Tucci

22 de janeiro de 2008

Escolas britânicas ensinarão culinária contra obesidade


Bem que essas coisas interesantes podiam "pegar" no Brasil.
Com tantos programas de bolsa isso, bolsa aquilo o governo deveria realmente investir em projetos importantes como esse na Inglaterra.

Fonte: BBC

Aulas de culinária passarão a ser compulsórias nas escolas secundárias da Inglaterra para crianças entre 11 e 14 anos.

Os alunos aprenderão a cozinhar durante uma hora por semana. A disciplina será obrigatória em todas as escolas da rede pública em pelo menos um trimestre do ano letivo. Os ingredientes para crianças carentes serão subsidiados.

A iniciativa é parte de uma estratégia governamental para combater a obesidade. Especialistas acreditam que um milhão de crianças serão obesas dentro de uma década.

"Eu acho que é importante agir agora. Talvez nós deveríamos ter agido antes", disse o secretário para Escolas, Ed Balls.

"Não será apenas tecnologia de alimentos, será ensinar a usar ingredientes simples, receitas simples, para que crianças e jovens possam ser preparados para a vida adulta."

O Departamento para Crianças, Escolas e Famílias diz que cerca de 85% das escolas secundárias oferecem culinária de alguma forma.

As autoridades querem que estas escolas iniciem os cursos imediatamente e o restante dos estabelecimentos de ensino façam o mesmo até 2011.

Recursos

O objetivo é treinar assistentes de ensino para níveis mais altos para que eles possam treinar e recrutar mais professores de tecnologia dos alimentos.

Balls quer que 800 professores de culinária sejam treinados. O secretário prometeu dar às escolas o equivalente a cerca de US$ 5 milhões por ano para ajudar crianças de famílias carentes a pagarem por ingredientes.

Mas críticos expressaram preocupação com a implementação prática da proposta.

Clarissa Williams, da Associação Nacional de Diretores de Escolas, disse que o treinamento de professores de tecnologia dos alimentos foi negligenciado por tanto tempo que seria difícil colocar a estratégia em prática.

Em entrevista ao programa Today, da Radio 4, da BBC, Williams disse que está preocupada em saber como as escolas obterão os recursos necessários.

"Fogões, microondas, todos os utensílios, tudo custa muito dinheiro. Há ainda a expectativa de que crianças trarão os ingredientes e para alguns (...) isto pode ser difícil."

21 de janeiro de 2008

Cientistas japoneses criam robô sommelier


A companhia japonesa NEC System Technologies e a Universidade de Mie desenvolveram em conjunto um robô sommelier capaz de distinguir entre diferentes tipos de vinho graças a um sistema de raios infravermelhos, informou nesta sexta-feira (18) uma porta-voz da empresa.

O robô, mais um da série PaPeRo, também é capaz de analisar outros tipos de alimento e avisar, por exemplo, se uma maçã está madura ou quanto há de açúcar em uma xícara de café.

O pai do robô é o professor Atsushi Hashimoto, que dotou sua criação de vocabulário próprio de um especialista em vinhos. PaPeRo emita inclusive opiniões, usando frases como: "Trata-se de um vinho tinto de corpo médio com um sabor profundo".

A capacidade de PaPeRo ainda é limitada, porque se limita a analisar o vinho com o sistema de raios infravermelhos que tem na mão. Em razão disso, por enquanto, ele só pode distinguir dez tipos da bebida.

Substituição

O objetivo da NEC e da Universidade de Mie é que no futuro possam existir robôs maîtres em restaurantes que não contam com um especialista humano.

A tecnologia usada para o desenvolvimento de PaPeRo poderia ser empregada na análise de alimentos no Japão, cuja sociedade está cada vez mais preocupada com a segurança alimentícia por causa de problemas, como o da vaca louca.

Eles também podem ser usados de forma preventiva, já que no futuro um robô poderá comunicar a seu dono diabético qual alimento pode consumir.

Por enquanto, o robô PaPeRo não está à venda, mas seus criadores consideram que em alguns anos a tecnologia que foi empregada poderá ser comercializada por meio de diferentes produtos.

'Personal sommelier'

O robô sommelier não sente os gostos como os humanos, que diferenciam as sensações de doce, amargo, azedo e salgado através das papilas gustativas na língua.

Ele também tem limitações no seu "conhecimento" etílico, já que reconhece apenas algumas dezenas de variedades de vinhos, enquanto o mercado mundial oferece milhares de tipos diferentes.

Mas os cientistas que desenvolveram o robô decidiram incluir uma habilidade a mais para torná-lo mais próximo de um verdadeiro sommelier.

Como autênticos especialistas em vinhos, eles fazem perguntas específicas para descobrir as preferências do cliente e, assim, escolher os melhores vinhos, de forma personalizada.

Fonte:

Folha/ BBC

16 de janeiro de 2008

Receitas de Saladas para alegrar a dieta


Algumas pessoas se sentem torturadas só de pensar em dieta, não conseguem visualizar nada além de um prato de alface.
Para isso seguem algumas receitinhas de saladas especiais.
Desse jeito dá até gosto de fazer dieta!!!

Salada Caesar


Ingredientes

1 pé de alface de aproximadamente
2 cabeças de alho
2 a 3 filés de anchova
suco de limão de 1 limão
60 ml de azeite
Sal e pimenta-do-reino, preta e branca a gosto
queijo parmesão
croutons

Preparo

Lave e seque as folhas de alface.ace. Rasgue-as . Passe um dente de alho pela tigela que irá receber a salada e, em seguida, amasse-o. Triture as anchovas e, vá acrescentando em sequencia o suco de limão e o azeite de oliva para fazer o molho. Reserve. Arrume as folhas numa tigela, acrescente o molho, sal e pimenta. Mexa. Por fim, adicione o parmesão em lascas e os croutons.


Salada Waldorf


Ingredientes

570 g de maçã descascada e cortada em cubos
170 g de aipo
90 ml de maionese de iogurte
mais ou menos 20 folhas de alface
nozes picadas


Preparo

Misture a maçã, o aipo e a maionese. Reserve.
Numa tigela, faça uma cama de alface, acrescente as maçãs e salpique as nozes.

Salada Grega

Ingredientes

4 tomates
170 g de pepino
1 cebola roxa grande
1 pimentão amarelo
140 g de queijo de cabra tipo feta
85 g de azeitona preta
85 g de azeitona verde

Preparo

Corte o tomate, pepino, cebola, pimentão e o queijo em cubos. Adicione todos os ingredientes em uma tigela. Tempere com sal, pimenta-do-reino, azeite de oliva e aceto balsâmico.

Salada Niçoise

Ingredientes

1 kg de tomate italiano
1 pepino
8 cebolas pequenas
1 dente de alho
1 pimentão verde
4 fundos de alcachofra
2 ovos
170 g de filé de anchova
100 g de azeitona preta

Manjericão a gosto
Sal, pimenta-do-reino e azeite de oliva a gosto.


Preparo

Corte o tomate em fatias, adicione sal e separe. Descasque e fatie o pepino. Corte a alcachofra e os ovos em quatro partes. Passe o alho pela tigela e, em seguida, acrescente todos os ingredientes. Corrija o sal,adicione pimenta e um fio de azeite. Decore com os ovos e com as anchovas. Deixe repousar na geladeira 30 minutos antes de servir.

Aproveite.

15 de janeiro de 2008

Desejo por junk food pode passar de mãe para bebê, diz estudo


Pesquisa publicada no British Journal of Nutrition mostrou que o desejo exagerado das crianças por junk food pode ser conseqüência da alimentação da mãe ainda durante a gestação. Estudos indicam que esse tipo de comida, traduzida literalmente como “comida lixo”, está relacionado ao aumento de colesterol, pressão arterial entre outras complicações para quem as ingere.

Mas, afinal, o que é junk food? “O termo junk food é utilizado para referir-se a alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes”, explica Eda Maria Scur, nutricionista e professora de pós-graduação do Grupo CBES (Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos).

Bombons, bolachas, sorvetes, tortas, batatas, pipoca, sanduíches... Esses alimentos são alguns dos que se enquadram na categoria junk food e são consumidos diariamente e em grande quantidade. “Uma das principais conseqüências da ingestão desses alimentos é que quanto maior o seu consumo, menor a probabilidade de seguir uma dieta saudável e consumir adequadamente vitaminas e minerais essenciais”, ressalta a nutricionista. “Esse padrão alimentar está relacionado ao aumento na incidência da obesidade e de suas complicações”.

Enquanto pessoas que consomem grandes quantidades de alimentos nutritivos, como frutas e verduras, têm menor tendência a desenvolver doenças cardiovasculares, os fãs de junk food podem ter aumento significativo do colesterol e da pressão arterial, além do ganho de peso. Na infância, a ingestão desse tipo de alimento apresenta-se como uma das principais causas de obesidade e, por isso, a sua venda tem sido proibida nas escolas.

Apesar de todo mundo saber que não é saudável, é muito comum a substituição de uma refeição adequada por lanches menos nutritivos, levando a um afastamento cada vez maior de um padrão alimentar desejável. Mas o consumo de alimentos considerados junk food não acontece apenas em lanchonetes ou máquinas de venda automática.

Margarinas, óleos e açúcares também enquadram-se nessa categoria de comida e devem ser consumidos com moderação. “Não há como proibir o consumo, então, o necessário é conscientizar a população para os graves problemas nutricionais que esse padrão alimentar acarreta”, observa Eda Maria Scur.

Agência: BBC

14 de janeiro de 2008

Brasil se torna 2º maior consumidor de vinho da América Latina


Uma pesquisa realizada pelo International Wine and Spirit Record, de Londres, prevê que até o ano de 2011 os brasileiros estarão bebendo 369 milhões de litros de vinho por ano, um aumento de 12,3% em relação a 2005.

Enquanto o consumo da bebida cai em países considerados grandes produtores de vinho, como Argentina, Chile e Uruguai, o interesse pelo vinho no Brasil está crescendo e o país já é o segundo maior consumidor da América Latina.

A Argentina segue liderando na região, apesar da previsão de uma queda acentuada no volume de vinho consumido no país a longo prazo.

O relatório foi encomendado por uma das maiores feiras de vinhos do mundo, a Vinexpo.

Panorama mundial

Os expositores já começarão o evento sabendo que as vendas de vinho em todo o mundo devem crescer 45% até 2010 e que os Estados Unidos tomarão o lugar da Itália como o país onde mais se bebe vinho.

A pesquisa também prevê que China e Rússia entrarão para a lista dos dez maiores mercados de vinho nos próximos três anos.

Pela primeira vez, a Vinexpo analisou também o consumo por tipo de vinho e descobriu que o vinho tinto representa mais da metade do vinho bebido no mundo, e sua popularidade deve continuar crescendo até 2010.

O vinho rosé também está atraindo cada vez mais apreciadores, enquanto o branco deve se manter estável, responsável por cerca de 40% do consumo mundial.

Brasil

Segundo os pesquisadores, o vinho é uma escolha cada vez mais popular entre a classe média-alta brasileira.

A oferta de cursos sobre vinhos e degustações tem aumentado recentemente e, segundo o relatório, novos importadores têm oferecido melhores condições de armazenamento da bebida, prestando especial atenção às condições de temperatura.

A oferta de vinhos de diversas partes do mundo também tem crescido para atender à curiosidade dos novos consumidores no país, mas a maior parte das garrafas bebidas no Brasil ainda vem dos vizinhos Chile e Argentina, seguidas pelos vinhos italianos, portugueses e franceses.

Fonte:
Agência BBC



9 de janeiro de 2008

ALHO UM SANTO REMÉDIO


Antídoto contra mandingas e azares, este bulbo cuja origem mais provável remonta à Ásia (mas que fez fama mesmo a partir das cozinhas da Europa mediterrânea, a provençal em especial) é generoso de sabores - e, por isso mesmo, exige sabedoria no uso. Se canja de galinha à vontade não faz mal, alho além da medida pode acabar com o seu prato, e até mesmo com sua digestão.

Predominante nas cozinhas de franceses do sul, espanhóis, portugueses, italianos, o ingrediente virou item fundamental também na cozinha brasileira, onde divide com a cebola o papel de protagonista em diversas preparações. Basta um fio de óleo na panela, alguns dentes picados e pronto! Não precisa nem chiar. É o aroma do alho suando que desperta o apetite. "Em Minas Gerais, por exemplo, o uso do alho é tão recorrente que as donas de casa guardam sempre um pote com dentes pilados e sal, uma mistura que serve de base para a maioria das receitas salgadas - refogados, peixes, carnes", comenta a chef Mara Salles, do restaurante Tordesilhas (R. Bela Cintra, 465, 3107-7444). Diferentemente dos países do Mediterrâneo, por aqui ele é mais usado como coadjuvante. "Confits, patês e o famoso alho e óleo são heranças européias", diz a chef.

Na hora de comprar as cozinheiras ainda preferem o alho fresco, inteiro. Pode ser branco ou roxo, mas é levado sempre para ser limpo em casa, o que ajuda a preservar suas propriedades aromáticas e terapêuticas. Também é assim na cozinha de Mara Salles, que chega a consumir dez quilos por semana, e toda terça-feira destaca um funcionário para descascar os dentes. "Mas às vezes o volume é tanto que fazemos um mutirão na cozinha", conta ela.

O consumo nacional ainda é bem modesto se comparado a lugares como Itália, Grécia e Espanha - onde chega a 14 quilos per capita ao ano. Comemos perto de 1 quilo por pessoa (190 mil toneladas por ano em números totais). Mesmo assim, produzimos internamente apenas 40% da demanda. O restante vem principalmente da Argentina e da China.

Rico em alicina, uma substância de propriedades antioxidante e antibiótica, o alho combate bactérias, fungos e vírus, ativa a digestão e ajuda a eliminar toxinas através da pele. "É um alimento funcional, capaz de ajudar na recuperação do organismo", garante o homeopata Márcio Bontempo, autor do livro Alho (Ed. Alaúde), que recomenda o ingrediente até no combate às doenças respiratórias e degenerativas. "Falando em termos ideais, seria bom se cada um comesse de três a quatro dentes crus por dia", afirma o médico. "Antigamente, as pessoas se protegiam das epidemias de sarampo amarrando um saquinho com dentes de alho quebrados no pescoço."

A alicina, contudo, também é responsável pelo famoso odor liberado pelo ingrediente, que deixa cheiro nas mãos e hálito forte. Um aspecto decerto negativo, mas que, com a manipulação adequada, pode ser atenuado. Afinal, de nada vale você sair por aí discursando a respeito das virtudes do olho se todo mundo for ficar a metros de distância.

Dicas

* Uma cabeça (bulbo) de alho é sempre classificada pelo tamanho - de 3 a 7, segundo as normas agrícolas. Cada bulbo tem em média 10 a 12 dentes, além de 7 ou 8 peles finas separando-os.Compre sempre cabeças inteiras, as mais pesadas, com os dentes unidos e sem partes escuras ou moles. Guarde-as em lugar seco e arejado. Se possível, em recipiente de cerâmica com furos para ventilação.

* O sal é um conservante natural para o alho picado e armazenado. Na geladeira, a mistura dura mais de um mês. O azeite tem o mesmo efeito e depois de aromatizado pode temperar carnes e saladas.

* Para descascar o alho deixo-o de molho na água por algum tempo ou dê uma leve amassada com a lâmina da faca. Se a quantidade for grande, cubra os dentes com um pano e amasse com a ajuda de uma panela. Outra opção é cortar a ponta e descascar com faca.

* O tempo que o cheiro do alho permanece na pele varia de uma pessoa para outra e pode durar mais de três dias.

* O limão é um grande aliado para neutralizar o cheiro nas mãos e no hálito.

* Depois de cortado ou picado o alho deve ser usado imediatamente, pois começa a oxidar. Na geladeira, perde um pouco do aroma.

Técnicas e preparos

Frito - Em lâminas ou pedacinhos, o alho deve ficar apenas dourado. Quando queimado, fica amargo, torna-se difícil de digerir e, claro, estraga o sabor do prato. O segredo é controlar a temperatura do óleo na frigideira, mas também manter os sentidos ligados: fique atento à cor e ao cheiro que sai da frigideira.

Confit - Lave e seque bem os dentes de alho. Coloque na panela e cubra com azeite. Leve ao fogo e deixe amolecer em temperatura bem baixa, por até 50 minutos. Acrescente tomilho. Fica ótimo para decorar pratos, cobrir a carne e passar no pão. O azeite, por sua vez, serve para temperar a salada.

Cozido - Nesta preparação não se usa óleo ou azeite, mas simplesmente água em ebulição. "Quando estiver bem tenro, o alho cozido com uma pitada de sal pode ser amassado e usado em purês, manteigas ou para acompanhar carnes e legumes", ensina o professor Maurício Lopes, da Universidade Anhembi Morumbi.

Cortes - Você pode usar o alho inteiro, ou com apenas um corte, em cozimentos ou dentro de carnes levadas ao forno. No pernil de cordeiro, por exemplo, basta fazer furos e colocar os dentes. Já cortado em brunoise é ideal para molhos, arroz e temperos delicados. As lâminas acentuam o sabor e ajudam na decoração.

O mundo do alho

* O alho dá nome e também tempera uma das muitas festas de peões e boiadeiros do Brasil. É a Queima do Alho, uma tradição herdada dos tropeiros, que traz no cardápio arroz de carreteiro, paçoca de carne, churrasco e feijão tropeiro. A comitiva que caprichar mais nos pratos ganha a competição, geralmente realizada no interior dos Estados.

* O costume rural de passar o alho em portas e janelas não é mera crendice. Ajuda de fato a espantar insetos, escorpiões e até cobras. Quem garante é o homeopata Márcio Bontempo.

* Plantado em várias regiões do planeta, o aromático ingrediente só nasce espontaneamente na Sicília, no sul da Itália, informa Bontempo, autor do livro Alho.

* Tendo o alho como ingrediente base, é possível preparar alguns dos molhos mais clássicos da gastronomia ocidental. Um deles é o aïoli, de origem provençal. Aparentado da tradicional maionese, o aïoli é uma emulsão feita à base de ovos, azeite e, claro, muitos dentes de alho amassados. É servido com vegetais e escoltando peixes e carnes.

* Além desses, tanto o pesto italiano quanto seu primo francês, o pistou, lembrados sempre pela presença do manjericão, devem sua peculiar potência de sabor à presença do alho.

* A manteiga de alho, complemento usual de escargots e outros pratos, é feita com a simplicidade que seu nome sugere: a manteiga é misturada ao alho processado, de modo a formar um purê leve, homogêneo e de gosto previsivelmente forte.

Fonte:
ESTADÃO

8 de janeiro de 2008

Tempestade em taça de champanhe


Discussão na França: a limitada e exclusiva área onde se produz o famoso espumante deve ser ampliada?

Elaine Sciolino, The New York Times, Serval - França - O Estado de S.Paulo

Serge Mousseaux administra uma das comunas mais pobres na França. Agricultor durante toda a vida, ele é prefeito de Serval, vilarejo de 50 habitantes, cuja sede é um imóvel de três salas onde os únicos adornos são as bandeiras da França e da União Européia. Mas, atrás desse prédio, existe um local oculto que, segundo ele, contém a chave da prosperidade.

Trata-se de uma caverna de calcário, onde Serge Mousseaux, 66 anos, mantém centenas de garrafas de vinho frisante que produz com suas uvas. Ele espera, um dia, denominar seu vinho de champanhe. Numa degustação improvisada na prefeitura, ele levantou a taça com sua bebida: "Veja a efervescência, essas bolhas minúsculas. Isso é mágica, poesia - tão diferente do que é feito pelas grandes casas produtoras de champanhe."

Pela lei francesa, o único vinho espumante em todo o mundo com direito ao nome champanhe tem que ser fabricado com uvas cultivadas em terrenos oficialmente designados, dentro da França.

Mas, como a demanda global pelo champanhe vem aumentando, também vem crescendo a pressão pela expansão dessas áreas. As casas produtoras de champanhe querem ter acesso garantido a uma quantidade maior de uvas Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier, usadas para a fabricação do verdadeiro champanhe.

Agricultores e proprietários de terras que não estão dentro desse espaço designado oficialmente esperam juntar-se a esse clube exclusivo de privilegiados.

Com o objetivo dessa expansão, em outubro, uma equipe de especialistas indicados pelo governo francês, elaborou uma lista secreta de 40 comunidades, ou comunas, que poderão vir se juntar às outras 319 cujo produto tem a designação Appelation d?Origine Controlée, AOC (Denominação de Origem Controlada, DOC), um cobiçado, embora difícil, certificado que legitima o conteúdo, o método e a origem de produção de um produto agrícola francês. A iniciativa, se aprovada, dará início à maior expansão das vinhas de champanhe em oito décadas.

A lista vazou imediatamente para o jornal local de Reims, provocando uma onda de protestos e ações judiciais, além de alimentar rumores sobre quem poderá fazer fortuna com a expansão. As terras de Mousseaux, por exemplo, foram deixadas de fora. Apenas uma comunidade da região de Aisne, onde ficam as terras dele, foi incluída.

"Isso é incompreensível", disse o prefeito Mousseaux, cuja família se dedica há gerações ao cultivo de uvas na terra seca e pedregosa. "Temos exatamente o mesmo solo das áreas que foram selecionadas, temos o mesmo sol, as mesmas belas colinas. Esta terra é tão perfeita que as uvas crescem até em nossos jardins."

Embora sua propriedade esteja somente a dez quilômetros do território produtor de champanhe oficial, ele é considerado um intruso, proibido de vender o que informalmente chama de Vin de Serval. Suas garrafas são lacradas com rolhas de metal porque as de champanhe, de cortiça, são caras. Há anos Mousseaux participa de um lobby de 350 agricultores - na ativa e aposentados - que leva o desajeitado nome de Associação para a Delimitação de uma Vinha de Champanhe e Colinas de Champanhe DOC nos Vales do Aisne e de Vesle, cuja meta é expandir a plantação de uvas para champanhe para suas terras.

A associação mantém um arquivo de fotos antigas de vinhas e de fórmulas de champanhe que provam a entrega das uvas da família para uma fábrica produtora de champanhe oficial em 1962, época em que os controles legais tinham menos rigidez.

Mas outros envolvidos na reformulação do mapa do champanhe da França são mais radicais. Dizem que a decisão é muito mais complicada que o tamanho das bolhas da bebida.

Eles repudiam vinicultores como Mousseaux, taxando-os de românticos incorrigíveis que desconhecem os cinco critérios envolvidos: a história do champanhe, a geografia, a geologia, agronomia e uma área obscura, a fitossociologia, que estuda o comportamento das plantas num determinado ecossistema.

Ghislain de Montgolfier, presidente (está de saída do cargo) da empresa Bollinger e diretor da União das Casas Produtoras de Champanhe, grupo comercial que congrega todos os fabricantes da bebida, disse: "Tenho alguns bons amigos entre esses agricultores, mas digo a eles que as velhas regras não são padrão de julgamento. Hoje há um sistema científico e jurídico mais racional. Alguns ganham e outros perdem."

O principal motivo de tanta agitação com essa possível expansão da área de produção do champanhe é que muito dinheiro está em jogo. O valor das terras de plantação de uva destinada à produção de champanhe é no mínimo 200 vezes maior que o das terras de plantio de trigo e beterraba, diz Daniel Lorson, porta-voz do Comitê Interprofissional dos Vinhos de Champanhe, organização profissional especializada. Tom Stevenson, autor da World Encyclopedia of Champagne and Sparkling Wine (Enciclopédia Mundial do Champanhe e Vinhos Espumantes), a partir de uma análise feita em novembro, calcula que, com base na localização das 40 novas comunas selecionadas, entre 1.200 e 4.800 hectares serão acrescentados. O que poderá gerar cerca de US$ 9 bilhões para os proprietários das terras.

Historicamente, a plantação de uva nesta parte da França não significou enriquecer. Muitas áreas nunca se recuperaram depois do ataque do parasita filoxera, que, no século 19, destruiu as vinhas francesas, e também da devastação da 1ª Guerra Mundial. Muitos prefeitos não queriam que seus municípios fizessem parte da região vinícola alegando que os produtores de champanhe eram mais aristocratas que empresários. Além disso, a pecuária e o cultivo de grãos eram mais lucrativos.

A definição da região do champanhe veio com uma lei promulgada em 1927, que levou em conta a qualidade do solo, os níveis de água subterrâneos e a exposição do terreno ao sol. Essa área se expandiu desordenadamente com os anos, chegando hoje a mais de 32 mil hectares.

"As pessoas começaram a perguntar por que o status de champanhe era dado a uma comuna e não a outra", disse Hervé Briand, diretor-adjunto do Instituto Nacional de Denominações de Origem, agência governamental encarregada de fiscalizar a qualidade das bebidas e alimentos na França. "Com isso percebemos que era preciso ter uma abordagem global."

Grande parte da terra oficialmente designada como de champanhe já era cultivada e a demanda, num setor que contabiliza US$6 bilhões por ano, vinha crescendo, sobretudo a demanda de novos mercados, como Rússia, China e Índia. Assim, há quatro anos, o instituto ordenou um estudo sobre uma possível expansão. Certamente, não teremos novos viticultores milionários da noite para o dia. Mesmo que o Instituto Nacional aceite as recomendações iniciais, será realizada uma discussão pública, com duração de um ano. E então chega-se à fase mais difícil, a da decisão. No mínimo em 2009, os novos lotes de terra específicos para produção de uvas de champanhe serão escolhidos.

Em principio, o solo arável dessas terras deve ter luz e não ser muito fértil, seu subsolo deve ser calcário, suas colinas devem ter face para o sul. Os campos não podem ser muito vulneráveis ao gelo ou muito próximos de florestas. Para manter a qualidade, o volume máximo de produção por hectare é determinado por lei a cada ano.

Nos próximos anos, não devem ser plantadas novas vinhas. E a primeira safra da ?nova? região champanhe? estaria prevista apenas para depois de 2015.

Executivos das grandes casas produtoras de champanhe mal disfarçam a sua satisfação com essa expansão. "Estamos muito calmos, impassíveis", disse Pierre-Emmanuel Taittinger, diretor gerente da gigante casa de champanhe Taittinger, que pressiona por uma mudança há mais de duas décadas. "Ela é tão obviamente lógica...", disse ele.

Fonte:
www.estadao.com.br

7 de janeiro de 2008

Os devoradores de ostras

Eu adoro ostras...
Uma vez ouvi minha mãe dizer:
"Você vai acabar tendo uma síncope com isso!!"
Quer saber?
Nem ligo... posso ter um troço, mas tenho um troço feliz...
Essa matéria foi publicada no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO

Por Dias Lopes - O ESTADO DE SÃO PAULO

Seis ostras cruas proporcionam suficiente prazer a qualquer pessoa. Mas alguns gastrônomos históricos ultrapassaram bastante essa baliza. Os excessos foram cometidos mais pelos homens que pelas mulheres, muitas vezes avessas à textura gelatinosa, cheiro e gosto de mar das ostras. É bem verdade que a polonesa Maria Leszczynska (1703-1768), rainha da França pelo casamento com Luís XV, contrariava a regra. Gulosa incorrigível, festejou o nascimento das filhas gêmeas Luísa Isabel, a Madame Premiére, e Henriqueta Ana, a Madame Séconde, nem bem as meninas vieram ao mundo, engolindo 180 ostras. Entretanto, são masculinos os recordes públicos de consumo de um molusco pertencente à ordem Ostreoida, que surgiu no mar em princípios da Era Secundária, há cerca de 175 milhões de anos. Diz a tradição que o imperador romano Vitélio (12-69 d. C.), celebrizado pelo caráter vingativo e devassidão moral, seria capaz de devorar mil ostras por dia. Menos devastador, o conde de Mirabeau (1749-1791), político de relevo na Revolução Francesa, chegou a comer 360 após uma sessão da Assembléia Nacional. Enquanto isso, o gastrônomo francês Jean-Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826), autor do clássico A Fisiologia do Gosto (Companhia das Lertras, São Paulo, 1995), contentava-se com 150 no aperitivo.

Não foi por acaso, portanto, que o francês Jean François de Troy (1679-1752), pintor especializado em festas galantes e cenas históricas, retratou exclusivamente homens no quadro Refeição com Ostras. Várias teorias procuram explicar a voracidade masculina. A mais fantasiosa associa o ritual de arrancar o corpo da ostra, tirando-o da concha calcificada onde vigorosos músculos adutores o protegem, ao instinto da caça. Outra relaciona à crença de que saborear o molusco atiça o apetite sexual. Convicto desse efeito, o sedutor veneziano Giacomo Casanova (1725-1798) comia 12 ostras no café da manhã e 12 no almoço. Os bordéis franceses do início de 1900 ofereciam-nas como "preventivos" aos clientes inseguros do desempenho viril. A convicção de que seriam afrodisíacas deriva da concentração de metais sob a concha: zinco, cobre, ferro, manganês, magnésio e cálcio. Além disso, contêm ácidos aminados, fósforo, lecitina, esteróis semelhantes aos hormônios, fosfatos, vitaminas A, C, D.

Também já se afirmou que comer ostra desperta a fome. Assim pensavam três ilustres gastrônomos franceses. O primeiro foi o economista Roberto Jacques Turgot (1721-1781), ministro de Luís XVI, a quem a rainha Maria Antonieta fez destituir do cargo, impedindo a adoção de uma reforma financeira que contrariava os interesses das classes privilegiadas e talvez adiasse a eclusão da Revolução Francesa. Ele supunha turbinar o excelente apetite comendo cem ostras cruas antes da primeira refeição do dia. O extravagante e divertido escritor Alexandre Grimod de la Reynière (1758-1837), rival de Brillat-Savarin e autor do Manual dos Anfitriões (Editora Degustar, São Paulo, 2005), fazia coro. "As ostras constituem a entrada habitual dos desjejuns de inverno", afirmava. "Sem dúvida, resultam quase indispensáveis." Já o filósofo Voltaire (1694-1778), símbolo do iluminismo francês, acreditava que 10 a 12 dezenas de unidades por pessoa favoreciam o apetite. Enfim, já se difundiu que o fósforo encontrado no molusco aguçaria a inteligência. Luís XI, da França, recomendava aos professores universitários que se fartassem de ostra pelo menos uma vez por ano. O estadista, filósofo e orador romano Cícero (106-43 a.C.) assegurava consumi-la para se tornar intelectualmente mais ágil e ainda alimentar a eloqüência. Especulações à parte, as pessoas sempre comeram ostras porque gostam. Vale lembrar que o Brasil cultiva duas espécies. A nacional, denominada Crassostera brasiliana ou rhizophorae, encontrada no litoral sul de São Paulo, encanta os apreciadores iniciantes pela textura macia e sabor suave; a Crassostera gigas, de origem japonesa, cultivada perto de Florianópolis, atrai os experts pela porcentagem superior de sal, textura relativamente firme e acentuado gosto de mar.

O único gastrônomo famoso a ter com a ostra uma relação ambivalente foi o romancista e dramaturgo francês Alexandre Dumas (1808-1870), autor de Os três Mosqueteiros. No (Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2006), ele a definiu como ser "deserdado" pela natureza. "Acéfalo, isto é, sem cabeça, não detém o órgão da visão nem o da audição nem o do olfato", escreveu. "Seu sangue é incolor; seu corpo adere às duas valvas da concha por meio de um músculo poderoso, com a ajuda do qual ela abre e fecha; tampouco possui órgão de locomoção: seu único exercício é dormir e seu único prazer é comer." Entretanto, sentando à mesa, Dumas ia à luta. A lenda diz que era capaz de encher baldes com as conchas esvaziadas numa refeição. Segundo ele, os verdadeiros amantes do molusco devem saboreá-lo ao natural. No máximo, podem usar algumas gotas de limão; ou, então, um molho à base de vinagre, pimenta-do-reino e échalote. Condimentá-lo de outro modo ou cortá-lo em pedaços, nem pensar.

4 de janeiro de 2008

FACAS PARA QUEIJO VOCÊ SABE USAR?




Quem já não se deparou com aquele lindo conjunto de facas para queijo?
Mas você sabe pra que serve cada uma delas?
Sabe como cortar os queijos?
Então seguem algumas dicas:

  • Devendo ser sempre usada uma faca própria para o efeito, deve haver a preocupação de não alterar o sabor do queijo por outros sabores. Uma preocupação que se deve ter sempre em conta é o fato de utilizar facas de gume liso e nunca de serrilha;
  • Para um queijo de pasta dura e semi- dura, o ideal é recorrer a uma faca de cabo duplo e de gume largo;
  • Para um queijo de pasta mole, é conveniente usar uma faca de gume estreito ou até mesmo um fio especial para o corte;
  • Regra a nunca esquecer: o queijo deve ser cortado desde o centro (ou coração) até à casca.
  • Então aproveite suas facas do modo certo e conserve bem seus queijos.
  • O queijo deverá ser objeto de alguma atenção quando da sua compra e conservação.
  • Verifique se o expositor dos queijos está em boas condições e se estes se encontram na parte mais fria;
  • Repare nas cascas dos queijos. Estas deverão apresentar-se intactas e sem ranhuras ou golpes que possam provocar uma alteração do sabor original;
  • Como em todos os alimentos, preste atenção à data de validade, presença obrigatória, quejios vencidos desenvolem facilmente salmonela.
  • O local ideal para a conservação dos queijos é um local fresco e arejado, onde a temperatura deverá girar em torno de 6º e os 8º C;
  • Depois que você começou a fazer uso do queijo, para prolongar as suas propriedades, ele deve ser envolto em papel filme ou em papel de alumínio;
  • É aconselhável retirar o queijo da geladeira uma ou duas horas antes de servi-lo.
  • Cuidado ao congelar queijos. Recorra a este método o menor número de vezes possível. Mesmo usando papel vegetal para embrulhar, o período que o queijo pode permanecer congelado nunca deve ser superior a um ou dois meses. Ainda assim é de se esperar uma alteração da textura e sabor.