Por: Ennio Federico
Praticamente todas as bebidas têm nomes conhecidos pela maioria das pessoas, mesmo que não as tenham provado.
Algumas são mais populares como whisky, cachaça e vodka e outras menos como slivovitz, pisco e calvados , todas já comentadas neste portal. No entanto, é quase que pouquíssimos já ouviram falar e menos ainda tenham bebido o Shochu.
Embora reconhecida como bebida japonesa, sua origem não é. Há várias teorias a respeito, mas se aceita que tenha nascido na Tailândia há mais de 500 anos como desinfetante medicinal. As principais diferenças entre o shochu e sakê estão no processo de obtenção e nas matérias primas utilizadas. O sakê é uma bebida fermentada do arroz como a cerveja e o Shochu um destilado como o whisky ou vodka, porém feito de uma grande variedade de ingredientes. Os mais comuns são batata-doce, cevada, açúcar mascavo e até arroz.
Ao contrário dos produtos de destilação dupla como a vodka, que normalmente recebem essências aromatizantes após a destilação, o shochu preserva o sabor e aroma dos ingredientes utilizados. Outras fontes mais exóticas também utilizadas são o leite, abóbora, pimenta verde e castanha. O processo de destilação simples converte primeiro o amido em açúcar e depois o açúcar em álcool num único estágio.
O shochu é depois envelhecido por um período que pode chegar até 10 anos. O teor alcoólico normal é de 25% vol. Há outro tipo de shochu destilado várias vezes chamado koshu.
A destilação múltipla amacia a bebida, mas a torna insípida e inodora. Especialmente popular em Tokio, o koshu é tomado com uma rodela de limão ou na forma de um drink refrescante para o verão. Ele é combinado com uma mistura aromatizada de frutas ácidas, água carbonatada e gelo. Disponível pronto nas geladeiras de supermercados e lojas de bebidas tem um teor alcoólico de 35% vol.. Não faz muito tempo que o shochu foi desdenhado por muitos, por considerá-lo uma bebida brega, responsável por bebedeiras.
No Brasil tivemos algo semelhante com a cachaça. A variedade koshu foi responsável por disparar a primeira onda de aceitação em massa no Japão em meados da década de 80, coincidindo com a tendência mundial em direção às bebidas mais leves. Durante o período de 1980 até 1995, o consumo de shochu triplicou. A virada aconteceu em 2000, com a renovada paixão pelo autentico shochu. Aqueles que antes rejeitavam a bebida à simples menção do seu nome, finalmente descobriram que o sabor rico dos ingredientes era um grande prazer. O consumo do shochu cresceu tão rapidamente que já superou ao do sakê. Beber shochu tornou-se tão respeitável, que já é comum encontrar as marcas mais finas relacionadas nas cartas de restaurantes.
Alguns outros fatores também contribuíram para esse sucesso:
1 - Bom para todas as estações. Pode ser servido quente, gelado, on-the-rocks ou puro;
2 - Baixas calorias. Uma dose de 60 ml contém apenas 35 calorias;
3 - Saudável. Um jornal médico britânico afirma que o autêntico shochu é efetivo para evitar trombose, enfartes e diabetes.
4 - Compatível com qualquer prato. Feito com diferentes ingredientes, cada qual com sua característica particular, tal como no vinho os apreciadores podem fazer sua escolha para complementar os pratos e ser tomado também antes ou após o jantar.
Fonte: Resvista Taste
3 comentários:
Não conheço esta bebida, nunca tinha ouvido falar! Romaine tb é cultura! ;-)
E a experiencia com as beringelas e o chutney?
Bjocas
Já degustei tudinho! Passa no meu blog e pega um selinho que te dei...Bjs
É a intenção, divulgar o que ainda não se conhece.
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