31 de janeiro de 2008

Congresso reúne 60 melhores chefs do mundo em Madri


Estrelas da gastronomia exibem Coca-Cola sólida e coração de peixe em evento.

As texturas, aromas e sabores que prometem revolucionar os restaurantes mais famosos do planeta começam a ser provadas nesta segunda-feira em Madri.

Os 60 melhores chefs do mundo se reúnem no congresso Madri Fusion com receitas vanguardistas que incluem Coca-Cola sólida, coração de peixe ou carvão de caroço de azeitona.

A reunião internacional tem como padrinho o cozinheiro espanhol Ferrán Adriá, eleito melhor chef do mundo, doutor honoris causa e inventor do nitrogênio líquido.

Como Adriá, a maioria dos cozinheiros que participam do Madri Fusion apostam no que chamam de minimalismo gastronômico, uma proposta de misturar tecnologia e criatividade para realçar matérias-primas tradicionais.

Na edição de 2008, que terminará na próxima quinta-feira, os destaques serão a nova cozinha nórdica (convidada deste ano), molhos à base de azeite de oliva, a Coca-Cola sólida em forma gelatinosa para sobremesa, corações de pescados com sangue coagulado do próprio animal e o uso de caroços de azeitona como brasa ecológica e aromática.

Todos os pratos serão ensinados aos mais de 600 inscritos de todos os continentes, que pagaram cerca de R$ 2 mil para aprender as receitas ao vivo.

Internet na cozinha

Outro destaque do congresso será a internet. Em quatro palestras, os chefs comentarão (dois minutos cada um) seu vínculo com a rede e as utilidades para a gastronomia internacional.

"A internet tem influência em todos os setores da sociedade, na cozinha não poderia ser diferente", disse o diretor do Madri Fusion, José Carlos Capel.

Os painéis terão como temas os menus e reservas online, blogs e a nova crítica gastronômica e a difusão de receitas, criações e intercâmbios através da rede.

Entre os chefs de mais prestígio internacional estão o italiano Fulvio Pierangelini, apelidado de "filósofo do sabor" e o francês Paul Pairet, que ensinarão truques e receitas no painel "Velhas cozinhas, criatividade entre Oriente e Ocidente".

Com as mãos

O congresso terá ainda conferências sobre a cozinha tradicional com antigos fornos de lenha, novidades da gastronomia asiática, agricultura orgânica, alimentos para o estado de ânimo, azeites essenciais na comida e formas de decoração e combinação de texturas, aromas e sabores chamadas de "jogos sensoriais".

Outro painel de destaque é a nova tendência refinada de comer com as mãos em restaurantes de luxo, que será explicada (e definida, de acordo com o tipo dos pratos) no último dia do evento.

Os chefs também ensinarão a fazer a "compra perfeita". Para isso, avaliarão os produtos de temporada e analisarão os ingredientes mais econômicos e que combinem para elaborar receitas criativas.

A palestra que mais expectativa está criando é a de Ferrán Adriá, na terça-feira. O chef espanhol vai explicar a simbiose entre os sabores doces e salgados.

Fonte
BBC

30 de janeiro de 2008

Carlsberg vai vender cerveja a 273 euros para competir com vinhos

A Carlsberg, maior cervejeira escandinava, vai começar a vender uma cerveja que custa 400 dólares (273 euros) para concorrer com os vinhos de luxo no mercado dos restaurantes "gourmet".
A garrafa de 37,5 centilitros, denominada Vintage nº 1, vai custar 2.008 coroas dinamarquesas (396,47 dólares), em alusão ao ano da sua introdução, anunciou hoje a Carlsberg, citada pela Bloomberg.
A cerveja estará disponível a partir de hoje em três restaurantes de Copenhaga, incluindo o Noma – que tem duas estrelas Michelin.
"Estamos a tentar elevar a fasquia daquilo que a cerveja representa", disse à Bloomberg o criador do produto, Jens Eiken. Segundo este responsável, o preço da cerveja é barato, atendendo ao tempo que a cervejeira demorou a desenvolvê-la.
Esta cerveja, que custa 357 vezes mais do que a principal marca dinamarquesa da Carslberg, a Pilsner, contém ameixa, caramelo, baunilha e carvalho, adiantou Jens Eiken. Tem uma cor acastanhada, alguma espuma e cai muito bem com queijos e sobremesas, acrescentou à Bloomberg o pai desta cerveja.
A Carlsberg, que vende mais de 150 marcas diferentes de cerveja em todo o mundo, não tem ainda planos de exportação da Vintage nº 1. Algumas das garrafas estarão à venda na próxima semana no "site" da empresa.
"Há pessoas em restaurantes a pagar 20.000 coroas dinamarquesas por uma garrafa de vinho ou de Porto, por isso podem pagar o mesmo por uma cerveja de qualidade excepcional", comentou Eiken.
Segundo o mesmo responsável, a Carlsberg pretende introduzir uma outra cerveja "gourmet" em 2009 (que custará 2.009 coroas) e outra em 2010 (que custará 2.010 coroas).
Esta será a cerveja especializada mais cara do mundo, afirmou Eiken. A Boston Beer Co., fabricante do tipo de cerveja Samuel Adams, vende a sua cerveja Utopia por cerca de 100 dólares por garrafa.
Recorde-se que hoje a Scottish & Newcastle (S&N), dona da portuguesa Central de Cervejas, aceitou a oferta conjunta de aquisição apresentada pela Carlsberg e pela Heineken.

Fonte:

Jornal de Negócios

29 de janeiro de 2008

Rótulo do Vinho Reserva Cordelier vence Prêmio Qualidade Flexo 2007


A Vinícola Cordelier, localizada no Vale dos Vinhedos, comemora mais uma conquista referente ao ano de 2007. No mês de dezembro, o vinho “Reserva Cordelier” obteve o primeiro lugar na 15ª edição do Prêmio Qualidade Flexo 2007, na categoria “ Rótulos e Etiquetas Adesivas”, concedido pela Associação Brasileira de Fabricantes em Flexografia (ABFLEXO).O prêmio foi entregue no dia 07 de dezembro, em São Paulo, durante evento que reuniu mais de 1.500 convidados, entre gráficos, agências de publicidade, fabricantes de máquinas, papel e tintas. Desenvolvido pela Plano Design e impresso pela Catuaí Print, o rótulo do vinho Reserva Cordelier remete à pequena e cuidadosa produção deste vinho elaborado a partir de uvas provenientes de parreirais próprios cultivados na sede da vinícola, traduzindo a elegância e excelência da bebida. A distinção, considerada a maior da indústria flexográfica, é concedida através de votação nacional entre os fabricantes.

28 de janeiro de 2008

Consumo de cafeína pode prejudicar diabéticos, diz estudo


Um estudo realizado por cientistas americanos sugere que o consumo de cafeína entre pacientes de diabetes tipo 2 pode aumentar o nível de açúcar no sangue.
Publicada na revista científica Diabetes Care, a pesquisa, realizada na Duke University, nos Estados Unidos, monitorou o nível de açúcar em 14 pacientes diabéticos e sugere que o estimulante pode aumentar o nível de glicose diário em até 8%.
Para realizar o estudo, os cientistas deram dois tipos de comprimidos para os participantes: um placebo e uma cápsula de cafeína, equivalente a quatro xícaras de café.
Os participantes alternaram a ingestão das pílulas diariamente e tiveram os níveis de açúcar monitorados através de um sensor de glicose subcutâneo capaz de monitorar os níveis de glicose por um período de até 72 horas.
Impacto da cafeína
Segundo James Lane, que liderou o estudo, o próximo passo será analisar se uma dieta sem cafeína pode ajudar a controlar o nível de açúcar em pacientes de diabetes 2.
Segundo ele, uma das causas do aumento no nível de glicose pode ser a interferência da cafeína no processo que transporta a glicose do sangue para o músculo e outras células do corpo.
Além disso, a cafeína pode também ativar a liberação de adrenalina, o que contribui para o aumento no nível de açúcar.
"Meu conselho para os pacientes que estão tentando controlar o nível de glicose e tomam café com freqüência, é tentar parar para ver se alguma diferença é observada", disse.
Lane suspeita que a sensibilidade dos pacientes pode influenciar nos resultados da redução no nível de glicose.
De acordo com Cathy Moulton, da ONG Diabetes UK, que trabalha com pacientes diabéticos, o estudo ainda é limitado.
"A pesquisa é interessante. No entanto, o estudo examinou apenas uma amostra de dez pessoas em um período de 72 horas, o que é muito pouco", afirmou.
"É preciso realizar mais pesquisas antes de pedir aos diabéticos pararem de tomar café", explicou Moulton.
"A melhor maneira de controlar o nível de glicose é com uma alimentação saudável e a prática de exercícios", concluiu.


FONTE: BBC BRASIL

25 de janeiro de 2008

Sanatório ucraniano receita 'terapia de vinho' a pacientes


Um spa para tratamento de saúde na Ucrânia está prescrevendo aos seus pacientes bebidas alcoólicas para o tratamento de problemas como estresse, impotência e até mesmo problemas cardíacos.

O Sanatório das Estrelas da Criméia, em Alushta, desenvolveu um tratamento chamado “terapia do vinho”.
Apesar de o nome parecer uma piada, o sanatório trata sua “terapia do vinho” de maneira muito séria.
A primeira parada para quem quer se internar não é o bar. Em vez disso, há uma consulta médica.
A partir dessa consulta, os pacientes são então orientados sobre que tipo de coquetéis devem tomar.

Pesquisas

O médico Alexander Sheludko, que desenvolveu o tratamento, diz se basear em pesquisas médicas que mostram que o consumo moderado de vinho pode ser bom para a saúde.
Ele afirma que centenas de pessoas já passaram pelo tratamento desenvolvido por ele.

“O vinho é um produto vivo que contém vitaminas. Ele tem vários compostos que são biologicamente ativos”, diz.

Seu tratamento oferece sete tipos diferentes de coquetéis.
A fórmula é simples – vários tipos de ervas secas são misturados com vários tipos de vinhos produzidos na própria região da Criméia.
De vez em quando, um pouco de vodca é adicionada para um empurrãozinho a mais.
Então tudo o que é necessário fazer é sentar, relaxar e cumprir a “prescrição” de tomar suas bebidas três vezes ao dia por uma ou duas semanas.
Pequenos copos de bebida são servidos a partir das 7h da manhã no café do sanatório.

Relaxante


Lena Borodina, que trabalha como cabeleireira na Rússia, já experimentou vários tratamentos alternativos.
Ela diz que viver em Moscou é estressante e que ela viajou à clínica na Ucrânia para tentar algo que a relaxe.
“Acho que a terapia do vinho é um tipo excelente de tratamento. Ele te relaxa, te dá força e te preenche com vigor”, diz ela.
“Estou contente de que ele parece estar funcionando. Estou gostando bastante”, afirma.
Mas especialistas em saúde ucranianos estão céticos sobre os possíveis benefícios médicos da “terapia do vinho”.
Também há a questão de saber se é uma idéia boa em um país com altos níveis de alcoolismo.
“Acho que uma terapia como essa poderia levar à dependência da bebida. Poderia se tornar o primeiro passo para uma dependência psicológica’, diz Iryna Lipych, especialista em alcoolismo.

“Também é importante lembrar que o álcool provoca vários problemas médicos e tem especialmente um efeito ruim sobre o fígado”, observa.

Fonte:

BBC

24 de janeiro de 2008

Importação brasileira de vinho português cresce 25%


A venda de vinhos portugueses para o Brasil aumentou 24,69% em 2007, na comparação com 2006, anunciou nesta quarta-feira o governo brasileiro.

As importações brasileiras de vinho luso totalizaram US$ 23,49 milhões, referentes ao consumo de 6,6 milhões de litros no período em análise, um aumento de 12,94% em volume, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Terceiro maior exportador de vinhos para o mercado brasileiro, Portugal possui uma cota de mercado de 15,03%, atrás de Chile (30,5%) e da Argentina (22,1%).

Em 2007, as exportações da Itália, quarto maior fornecedor de vinhos para o Brasil, com 14,09% do mercado, superaram as vendas portuguesas em volume, com 9,2 milhões de litros, um aumento de 14,7%.

Em termos de valor, porém, as exportações italianas ficaram atrás das vendas portuguesas, com US$ 22 milhões, uma alta de 29,59%.

Entre os principais fornecedores de vinho para o mercado brasileiro no ano passado estão ainda França, Espanha, Uruguai, Austrália, África do Sul e Alemanha.

Em 2006, as importações brasileiras de vinho português haviam aumentado 30% na comparação com 2005, totalizando US$ 18 milhões, resultado da compra de 5,9 milhões de litros.

FONTE :

A LUSA

23 de janeiro de 2008

Variações sobre o azedo


Do mais ácido ao mais adocicado, o limão - ou melhor, suas variedades - tem usos culinários que vão além das receitas mais conhecidas. Saiba mais sobre a versatilidade deste ingrediente que tem aroma e gosto de verão e enriquece inúmeros pratos

Suco, bagaço e casca: tudo é aproveitado nesta fruta cítrica que, provada pura, pode provocar caretas por sua extrema acidez. Mas é ótima para aguçar o apetite ao dar um toque sempre especial a frutos do mar, massas, doces, aperitivos. O limão, ou, como você pode observar na página, os limões, tem mesmo esse papel. Não são poucos os que não concebem apreciar delícias árabes ou mesmo uma singela ostra sem ele. Certamente você deve ter sua preferência sobre como utilizá-lo - e atire a primeira fruta quem nunca deu sua espremidinha.

Existem dezenas de tipos de limão, e a diferença não está só no nome: eles são usados para fins culinários diversos. Mas os que prevalecem em nossos mercados são o galego, o taiti, o siciliano e o cravo. Se tem gente que ainda se atrapalha com as variedades e seus nomes, é bom lembrar que as confusões já foram ainda maiores, especialmente por conta das traduções, quando eram mais comuns no país o uso e a publicação de receitas estrangeiras. Lemon, por muitos anos, foi traduzido como limão - só que o termo se refere não ao fruto verde e mais ácido, mas ao siciliano. Lime, por sua vez, designa tipos como o galego e o taiti. Coisa semelhante acontecia com o francês: citron, é o siciliano; citron vert, os verdinhos. Uma incongruência que deixou muitos cozinheiros, donas de casa e gourmets meio malucos, pois ora os pratos saiam azedos demais, ora de menos.

Superados os inconvenientes lingüísticos, vamos saber como extrair o melhor dos variados tipos. Muito comum na região mediterrânea, o limão, assim como todas as frutas da chamada família citrus, vem da Ásia. Foi só durante a Idade Média que começou a aparecer em pratos europeus, criando fama pelas mãos de chefs franceses e italianos.

Bagaço

O bagaço, a mais injustiçada das partes do limão por concentrar grande parte da acidez da fruta, além de ser usado na limonada suíça (com o sumo), é bastante requisitado para finalidades assépticas. Ou você nunca o utilizou para lavar frangos e outras aves antes do preparo, ou mesmo para tirar cheiros fortes, como o de peixe, de panelas ou mesmo das mãos? Sem contar que algumas variedades mais adocicadas, como o limão-cravo, você pode colher do pé e chupar - igual a uma laranja.

Sumo

Bem, esta é fácil. O sumo do limão é o suco da fruta, mundialmente conhecido como base da limonada. Se a bebida for feita à maneira chamada "suíça", o limão deve ir ao liquidificador com o bagaço e o ideal é tomar imediatamente, para dar tempo de saborear a espuma. Na cozinha, o sumo vai muito bem em molhos de salada, ceviches, legumes grelhados, massas, doces - inclusive na elaboração de caldas. Também é bastante usado para cozinhar peixes, misturado à água e ao sal.

Casca

Da casca do limão, o chamado zest (sem a parte branca, amarga), saem as raspas, usadas para "dar perfume a variados pratos, sem conferir acidez", como define Bel Coelho, chef do Buddha Bar. No Arábia, Leila Youssef gosta de espalhar as raspas em carnes. "E uso no quibe cru de salmão", acrescenta. Em drinques e doces também é possível aproveitar a aromática resina (igualmente chamada zest) que se obtém torcendo a casca. Se for confitada, suavemente adocicada, também fica uma delícia.

Tipos de limão:

Galego :

Pequeno em relação aos outros limões, levemente amarelado, tem elevado grau de acidez. Por isso, é recomendável que seja usado em molhos de saladas e para cozinhar peixes, com água e sal. É bom também para sucos.

Taiti:

Com uma casca verde aromática, de cor intensa, é o tipo mais comum no País. Conhecido apenas como "limão", seu nome é, na verdade, lima ácida taiti. O mais potente dos limões encontrados por aqui.

Cravo:

Quando está maduro lembra uma mexerica, por sua coloração alaranjada. É o mais adocicado dos limões difundidos no País e, por isso,
muito usado em doces. Dá ainda uma ótima e perfumada limonada.

Siciliano:

A maior das variedades, é comum na Europa - lemon, em inglês - e tem uso culinário similar ao taiti. Mas, como é menos ácido, é bastante requisitado por chefs confeiteiros. Como tem uma casca grossa, fica muito bom confitado.

Fonte:

Estadão: Giovanna Tucci