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7 de maio de 2010

Fim da chuva, início do plantio de maracujá



No final da época de chuvas, inicia-se o melhor período para o plantio do maracujá no Cerrado. A recomendação é de Fábio Faleiro, pesquisador da Embrapa Cerrados, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O período que se iniciou em abril e vai até maio é época interessante para o plantio, pois as mudas no campo sofrerão menos ocorrência de doenças”, afirma.

Além disso, ele explica que os dias menores de inverno nos meses seguintes não estimulam o florescimento da planta, que ocorre apenas em situações com mais de 11 horas de luz por dia. Dessa forma, a planta só vai apresentar flores quando estiver maior, em condições mais favoráveis para o desenvolvimento dos frutos.

No plantio, o produtor precisa tomar cuidado com o reaproveitamento de sementes. “Não recomendamos essa prática, por causa de perdas provocadas por genes indesejáveis”, explica o pesquisador. De acordo com ele, no maracujá há a diminuição do vigor e da produtividade, de forma semelhante ao que ocorre com o milho. Ambas são plantas alógamas, que dependem de polinização cruzada e, nesse processo de reprodução, algumas características interessantes podem ser perdidas. No caso desse tipo de planta, as pesquisas de melhoramento trabalham para obter híbridos. “Eles são mais uniformes, oferecem mais produtividade e resistência”, explica Fábio.

Em 2008, a Embrapa Cerrados lançou três híbridos que estão em fase de avaliação em todo o país e têm-se revelado bem produtivos na maioria das condições. O BRS Sol do Cerrado apresenta como vantagem a menor dependência da polinização manual, além de frutos grandes e arredondados. O BRS Ouro vermelho apresenta uma parte dos frutos com a coloração avermelhada na casca, pois é resultado de cruzamento com uma variedade nativa, de quem herdou a maior resistência a doenças. O BRS Gigante Vermelho tem frutos grandes e tem muita produtividade. Segundo o pesquisador, essas fruteiras podem ser plantadas em todo o país, em áreas que sejam bem drenadas e não sujeitas a geadas.

Além da preocupação com a escolha da semente, o pesquisador Fábio Faleiro destaca que o produtor precisa ter em mente a importância de adotar tecnologia para ampliar a produtividade da lavoura. Uma delas é a polinização manual, cuja utilização gera aumento de produtividade entre 40 e 50%. “Essa é uma cultura que exige mão-de-obra e tecnologia, não deve ser plantada de forma amadora”, defende.

Rumos da pesquisa

Fruta típica do Brasil, o maracujá tem no Cerrado o principal centro de diversidade. Por isso, a pesquisa sobre o fruto na Embrapa Cerrados tem como um de seus focos a obtenção de novos híbridos, com boa produtividade e resistência a doenças. Além disso, o trabalho de melhoramento tem buscado desenvolver plantas com potencial ornamental, medicinal, entre outras frentes. Algumas espécies silvestres, como a que produz frutos com características semelhantes à jaboticaba ou que descasca como mexerica, estão também com a pesquisa de melhoramento em curso na Unidade da Embrapa. Segundo o pesquisador, o principal objetivo nessa linha não é o plantio em grande escala comercial, mas sim levar o conhecimento da diversidade do fruto para a população e atender nichos de agricultura urbana (fundos de quintal e pequenas chácaras) e de pequenos agricultores que comercializam frutos em feiras comunitárias. Fonte: EMBRAPA

Norma garante direito à informação sobre fenilalanina em alimentos

Informações sobre a quantidade de fenilalanina, proteína e umidade presentes nos alimentos deverão estar disponíveis no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e nos sites ou serviços de atendimento ao consumidor (SACs) das empresas produtoras de alimentos. É o que determina a Resolução RDC 19/2010, publicada pela Agência, nesta quinta-feira (6).

A medida é valida para alimentos que possuem teores de proteína entre 0,10% e 5,00% como: molhos de tomate, creme de leite, arroz, balas, bombons, entre outros. “Essas informações serão essenciais para os nutricionistas elaborarem, com segurança, a dieta dos quase 1,5 mil brasileiros fenilcetonúricos”, afirma Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa.

A fenilcetonúria é um erro inato no metabolismo humano que resulta da dificuldade do organismo em converter a substância fenilanina em tirosina (um dos componentes essenciais das proteínas dos seres vivos). Essa deficiência aumenta a quantidade de fenilalanina no sangue e tecidos e gera problemas, como: atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, hiperatividade, convulsões, comportamento agressivo ou tipo autista e retardo no crescimento.

O tratamento dessa doença se dá por meio de uma dieta com alimentos de baixo teor em fenilalanina. Por outro lado, por se tratar de uma substância essencial aos seres humanos, essa dieta deve conter quantidade suficiente de fenilalanina, de forma a evitar uma síndrome por carência da substância.

Em geral, frutas, hortaliças e outros alimentos com baixo teor de proteína são mantidos na dieta dos pacientes e oferecidos quantitativamente de acordo com a tolerância individual. “Com elaboração de uma tabela sobre o conteúdo de fenilalanina em alimentos, essas pessoas poderão ter acesso controlado a uma série de alimentos que antes não faziam parte do seu dia a dia”, explica a diretora da Anvisa.

Classificação

A norma da Anvisa classifica os alimentos em cinco categorias prioritárias. As empresas terão prazos específicos (entre agosto de 2010 e julho de 2012) para apresentar os laudos sobre o teor dessas substâncias para a Agência e disponibilizar essas informações para a população.

“Essas categorias foram estabelecidas de acordo com as necessidades nutricionais prioritárias dos fenilcetonúricos, com base em informações apresentadas por profissionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde”, complementa Maria Cecília. Esse programa acompanha os fenilcetonúricos desde a coleta da amostra (teste do pezinho nos recém nascidos), tratamento e seguimento dos pacientes por equipe multidisciplinar.

A Anvisa já oferece na internet, desde 2009, informações sobre teores de proteína e fenilalanina nos alimentos in natura.