3 de março de 2010

Dicas de Filmes


Adoro tudo relacionado a gastronomia. Novidade! Filmes, livro, tudo. Então como o calor deu uma trégua e é muito bom assitir a um bom filme, pelo menos assim fugimos das programações caóticas da TV, segue uma excelente dica de filme: O Jantar - Título Original - La Cena
ANO: 1998
PAIS DE ORIGEM: Itália/França
IDIOMA: Italiano
DURAÇÃO: 98 min
DIRETOR: Ettore Scola
ELENCO: Fanny Ardant; Antonio Catania; Francesca d’Aloja; Ricardo Garrone; Vittorio Gassman; Giancarlo Giannini; Marie Gillain

COMENTÁRIO
Ettore Scola repete aqui a mesma receita de “O Baile”, onde, concentrando todas as cenas em um só ambiente, se debruça sobre a análise sutilmente detalhada do ser humano enquanto individuo. Abolindo por completo qualquer recurso de efeitos especiais ou jogos de câmeras, coloca o enredo num cenário marcado pela verossimilhança com o cotidiano, e concentra a composição dos personagens no vestuário, gestos e diálogos, aos quais faz jus a interpretação do elenco. Ettore consegue criar com soberba densidade dramática, um microcosmo minimalista, onde o humor se intercala como humanismo e a poesia.
A história se fragmenta e se complementa em vários núcleos, que expõem a vida, e a forma como esta é encarada, através de atitudes circunstanciais. Os 98 minutos do filme se passam na sala de um restaurante e seus adjacentes (cozinha e recepção), aonde os personagens vão traçando o roteiro na medida em que chegam.
Os conflitos, mais ou menos profundos, apresentados de uma forma mais ou menos escancarada, de cada núcleo, são acompanhados pelo delicioso cardápio, e pelos vinhos que aconchegam e desinibem o espírito. Os pratos, escolhidos pelos fregueses ou indicados pelo garçom, são o retrato da tradicional cozinha italiana, orquestrados pela maestria de um cozinheiro que deixa a alma impregnar-se pelo paladar. O valor dado à essência da gastronomia é enfatizado pela indignação do garçom, quando uma família de japoneses insiste em colocar catchup no prato que lhe é servido.
Neste filme, a culinária é também um personagem constantemente presente, e embora as câmeras não foquem a aparência dos alimentos num contexto enfático, os mais apaixonados por esta arte, acabam recorrendo à imaginação para tentar descobrir como e com o quê cada item do cardápio foi elaborado.

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