O vitivinicultor paranaense que quiser saber mais sobre como produzir vinho e suco de uva conta, desde abril do ano passado, com a Escola da Uva e do Vinho. Localizada na Embrapa Florestas, em Colombo, a instituição está abrindo novas turmas para quem quiser se aventurar nessa área.
A escola foi concebida graças a uma parceria que envolveu a Prefeitura Municipal de Colombo, governo do Paraná, Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Segundo o técnico da Emater Antonio Leonardecz, o vitivinicultor aprende todo o processo de produção do vinho e do suco. “O produtor de uva rústica vai aprender desde a moagem da fruta até o engarrafamento da bebida. É um curso completo e felizmente as pessoas têm se interessado em saber mais sobre ele”, revela.
Leonardecz diz ainda que a produtividade dos vitivinicultores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), um dos expoentes do Estado na produção de vinho, ao lado das regiões oeste e sudoeste, aumentou em aproximadamente 40%.
“Os produtores estão também aprendendo a aproveitar melhor o espaço. Numa situação hipotética, se antes eles tinham uma produção de uma tonelada por hectare, hoje já conseguem 1,4 tonelada”, explica.
O técnico disse que o curso tem um custo quase zero, ficando a cargo dos participantes apenas as despesas com alimentação e deslocamento. “Os cursos são gratuitos e duram dois dias. Nós temos alojamento para as pessoas, o que reduz bastante os gastos. O investimento é barato e o retorno é excelente”, afirma. Quem se interessar em fazer o curso, basta procurar o Emater da sua cidade ou ligar para o telefone do instituto no (41) 3250-2100.
Colombo
O município de Colombo é um dos principais produtores de uva e vinho na RMC. De acordo com dados da assessoria de comunicação da prefeitura local, a produção de uva em 2008 foi de 1,5 mil tonelada do produto e a de vinho atingiu a marca de 800 mil litros. Cerca de 50 famílias se dedicam a essa atividade.
O prefeito da cidade, José Antonio Camargo (PSC), diz que a presença da Escola de Uva e Vinho está contribuindo muito para a melhoria da produção em Colombo.
“Os nossos produtores têm mais uma oportunidade para melhorar a qualidade do vinho e aumentar a produtividade. Além disso, essas parcerias vão fortalecer a cadeia produtiva”, conta.
Até 2010, a Escola de Uva e Vinho deverá atender 1,6 mil produtores rurais, que serão capacitados e serão treinados em novas tecnologias com variedades de uvas rústica e finas, contribuindo com a qualidade dos produtos.
Escola da Uva e do Vinho está cumprindo seu objetivo
O objetivo de fazer com que os vitivinicultores aprendam novas técnicas e tecnologias para produção de vinho e suco de uva está sendo cumprido pela Escola da Uva e do Vinho. Além das técnicas, os produtores estão recebendo um upgrade em seus conhecimentos, tornando sua produção maior e com mais qualidade.
A produtora de vinho Neide Cristiane Cavalle, do município de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), realizou o curso no ano passado e garante que foi uma experiência que valeu a pena.
“Todo o conteúdo do curso foi bem interessante. Aprendemos muita coisa nova, que vai agregar bastante com o que a gente já conhecia e dominava. Por exemplo, eu não sabia como era a produção para o suco de uva. Embora ainda não produza essa bebida, futuramente, se achar interessante investir nessa atividade, já terei o conhecimento prévio para isso”, diz.
Ela diz também que a escola é uma ótima oportunidade para renovar os conhecimentos e que isso pode ajudar bastante para aprimorar a qualidade de seus produtos.
Outra produtora de vinhos de Colombo, Valdirene Batistão, também aprova o curso da Escola da Uva e Vinho. Para ela, valeu à pena ter estudado na instituição.
“Muita coisa do que aprendi já posso utilizar de imediato e outras eu poderei usar futuramente. Foi muito bom poder conhecer assuntos novos, como, por exemplo, a conservação do vinho utilizando produtos naturais e mantendo a característica colonial da bebida”, afirma.
Batistão conta ainda que o conteúdo do curso foi bem abrangente, passando por todas as etapas do produto e também dá dicas de como manter a produção de modo artesanal.
“Quero manter a produção do mesmo jeito como faziam os meus avós. O curso é mais do que recomendado e quem puder fazê-lo, não vai se arrepender”, termina.
Fonte:
Paraná on line
1 comentários:
Muito boa essa iniciativa, adorarai aprender a fazer o suco, bem feitinho!
Tenho uma amiga que mora em Colombo, nunca me falou disso!
Abraço.
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