25 de setembro de 2008

O famoso queijo-de-minas, feito artesanalmente em três regiões do Estado onde nasceu, acaba de ser declarado patrimônio cultural brasileiro


Com uma técnica de fabrico trazida pelos portugueses no século XVIII, na época gorda da mineração, o queijo-de-minas é considerado desde o mês passado Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, por decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ela veio valorizar e distinguir a maneira de fazer um queijo que hoje está à mesa de todos os brasileiros, do café-da-manhã ao jantar, ingrediente de pratos salgados e companheiro inseparável da goiabada, do doce de leite e de muitas outras delícias nascidas no sertão.

O reconhecimento do Iphan abrange o produto originário das regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre e, além da peculiaridade do processo, aponta-se como outro diferencial o capim consumido pelo gado nesses lugares, que dá ao queijo seu gosto característico. A historiadora mineira Dôia Freire, nascida no Serro, explica que o termo "imaterial" refere-se ao modo artesanal de elaborar o queijo, isto é, um registro e reconhecimento de todos os aspectos históricos e culturais traduzidos pela vivência de gerações de famílias envolvidas nessa atividade. Exemplificando, lembra outros dois registros recentes, também declarados patrimônios culturais brasileiros: o acarajé baiano e as panelas de barro feitas em Goiabeiras, em Vitória, Espírito Santo.

Das regiões serranas de Portugal, principalmente da Serra da Estrela, o queijo ganhou as montanhas de Minas Gerais e lá se arraigou por uma circunstância curiosa: o leite, ao ser conduzido por burros e carros de boi pelos relevos acidentados, chegava talhado ao destino, na planície, por causa do sacolejo. Não restou outra opção aos criadores de gado senão evitar esse desperdício - o leite era então quase todo destinado à fabricação do queijo recém-aprendido de fazer.

Simples de elaborar, o queijo-de-minas demanda sobretudo carinho e tranqüilidade de seu produtor. O maior segredo reside no "pingo", o soro que o queijo libera na primeira noite, que é juntado à próxima mistura de coalho e fermento e assim por diante, constituindo-se em seu DNA por reunir as características do clima, vegetação e relevo da região onde é produzido. Depois, vem o processo de prensa e cura, a maturação, quando o queijo atinge seu gosto peculiar. O queijo meia cura, como se diz em Minas, diferentemente do produto fresco, é o ingrediente correto do pão de queijo, hoje disseminado em todos os Estados brasileiros e sucesso também em alguns países. Para ilustrar este texto de GULA, o chef Mauro Maia, do restaurante Supra, de São Paulo, apresenta duas receitas inéditas com o produto típico e ainda sua versão do pão de queijo.

Ângela Gutierrez, ex-secretária de Cultura de Minas, uma ativista pelo reconhecimento dos vários aspectos históricos mineiros, defendeu a aprovação do registro na reunião do Iphan, realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte (criado por ela), e se diz muito feliz pela decisão, ressaltando que "a resistência do modo artesanal de fazer o queijo-deminas, perante as grandes indústrias, é uma vitória proporcionada pelo amor das pessoas, que gostam de ter em casa um pedacinho de queijo guardado para receber os amigos".

Publicado na Revista GULA edição n° 188

16 de setembro de 2008

Rio de Janeiro recebe mais de 50 produtores de vinhos portugueses em grande degustação de seus vinhos na Casa Julieta de Serpa.


A ViniPortugal, entidade responsável por promover os vinhos portugueses no mundo, realizou na Casa de Cultura Julieta de Serpa, no Rio de Janeiro, dia 9 de setembro, uma grande Degustação de Vinhos de Portugal com a presença de mais de 50 produtores com o tema: Vinhos de Portugal – Descubra a Diversidade. Foram mais de 200 vinhos apresentando, muitos dos quais nunca estiveram no Brasil antes e 12 com seus produtores presentes.

Promover e melhorar a imagem de qualidade e o grau de conhecimento sobre os vinhos portugueses no estrangeiro é o grande objetivo estratégico da ViniPortugal. Ao promover estes eventos desejam divulgar os vinhos lusitanos, potencializar novos negócios, atingir novos grupos de consumidores e ao mesmo tempo homenagear os que já mantêm relação com os vinhos de Portugal, segundo explica a portuguesa Ana Sofia de Oliveira, da ViniPortugal.

Os vinhos portugueses deram um salto qualitativo nos últimos anos devido a uma melhora significativa nos processos de vinificação e os brasileiros reconhecem este fato comprovado pelo aumentando da importação destes vinhos para o país. Portugal é hoje o terceiro país que mais exporta vinhos de mesa para o Brasil, sendo o principal fornecedor europeu, que tem vindo a consolidar.

Voltado principalmente para profissionais dos setores de restaurantes, supermercados e lojas especializadas, o evento terá também a presença de empresários, consumidores, críticos e consultores de vinhos.

Resultados Econômicos

As ações promocionais feitas há anos no Brasil colhem bons frutos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Brasileiro, durante o primeiro semestre de 2006, o valor das exportações de vinhos de mesa portugueses para o Brasil cresceu 42,03%, em comparação com igual período de 2005. Em volume o crescimento das importações provenientes de Portugal foi de 36,29%. Este incremento veio ajudar a consolidar o 3º lugar, ocupado por Portugal no ranking dos vinhos importados - de referir que em 2002, Portugal ocupava nesta lista o 4º lugar.

Durante o primeiro semestre de 2007, as exportações de vinhos portugueses para o Brasil apresentam uma subida significativa no período homólogo em 2006: +34,4% em valor e +21% em volume. Os totais das exportações são um indicador de que o consumo de vinho no Brasil está aumentando, o que tem contribuído também para que os vinhos portugueses cresçam com a dilatação do próprio mercado, firmando assim em 2006 uma quota das exportações de vinho para o Brasil de 16% em valor.

Outra razão que justifica o aumento da importação dos vinhos portugueses foi a melhora nos últimos 10 anos no cenário macroeconômico brasileiro, que possibilitou um aumento do consumo de vinho importado, além da “aposta”, por parte dos produtores portugueses no mercado brasileiro comprovada através de diversas ações promocionais como esta degustação.

Portugal faz questão que estes eventos de degustação sejam sempre realizados no Rio de Janeiro devido às afinidades históricas e culturais entre a cidade e Portugal e pelo fato da culinária e vinhos deste país serem bastante apreciados pelos cariocas. Além disso, a diversidade de vinhos que Portugal produz combina muito bem com os diversos estilos de culinária presente na cidade, seja a regional brasileira ou a sofisticada gastronomia internacional. Este ano, evento semelhante aconteceu também em São Paulo dia 10 de setembro.

Importadoras participantes:

Adega Alentejana; Aurora Fine Brands; Barrinhas; Cantu; Casa Nunes Martins; Comercial Beirão da Serra; Santar; Decanter; Diageo; D'Olivino; FTP Vinhos Galeria dos Vinhos Comercio de Vinhos Finos;

Global Guilders; Grand Cru; Hortifruti; Interfood; Magna Import; Maison Lafite; Malbec do Brasil; Mercovino; Mistral; Nor-Import; Ntrade; Porto a Porto; Portus Cale; Qualimpor; Thot Brasil; Vinea Store; Vino; Wine Premium - Master Wine; Winecompany

ViniPortugal - é uma associação inter-profissional, privada, que agrupa outras associações, federações de associações e organizações de profissionais ligadas à produção e ao comércio de vinho e que tem por objetivo apoiar e executar atividades de promoção do vinho e outros produtos vínicos e vitivinícolas, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Se quiser saber mais sobre vinhos Portugueses, visite www.viniportugal.pt

Organização e Divulgação: - Denise Cavalcante Assessoria

Tel: (11) 4612 4341 / assessoria@denisecavalcante.com.br


Lista de Produtores no evento do Rio de Janeiro 9/9/08

1. Adega Cartuxa - Fundação Eugénio de Almeida

2. Adega Cooperativa de Redondo

3. Adega Cooperativa de Favaios

4. Adega Mayor

5. Aliança Vinhos de Portugal

6. Altas Quintas

7. Alves de Sousa

8. António Augusto Loureiro Ferreira de Carvalho

9. Quinta da Aveleda

10. Bacalhoa Vinhos de Portugal

11. Casa Cadaval

12. Casa Santos Lima - Companhia das Vinhas

13. Casal Branco

14. Caves Campelo

15. Caves Transmontanas

16. Centro Agrícola de Tramagal

17. Companhia Agrícola do Sanguinhal

18. Companhia das Quintas

19. Dão Sul

20. DFJ Vinhos

21. Ervideira

22. Fiuza & Bright

23. FTP Vinhos

24. Goanvi

25. Herdade do Coteis

26. Herdade do Esporão

27. Herdade Grande

28. J. Portugal Ramos Vinhos

29. José Maria da Fonseca Vinhos

30. Monte da Capela

31. Monte da Penha

32. Paço das Cortes

33. Pegões

34. PV

35. Quanta Terra

36. Quinta da Cortezia

37. Quinta da Pedra Alta

38. Quinta das Arcas

39. Quinta de Roriz

40. Quinta de Ventozelo

41. Quinta do Cottô

42. Quinta do Crasto

43. Quinta do Noval

44. QUINTA DOS ROQUES

45. Quinta Nova Nª Srª do Carmo

46. Quinta Santa Maria

47. Quinta Seara D'Ordens

48. Real Companhia Velha

49. Roquevale

50. Rui José Xavier Soares

51. Sobredos

52. Sociedade Agrícola Herdade dos Lagos

53. Sociedade dos Vinhos Borges

54. Sogrape Vinhos

55. Symington Family Estates

56. Torre de Curvo

57. Vallegre, Vinhos do Porto

58. Wines & Winemakers


Agradeço a Denise Cavalcante que proporcionou minha ida ao evento.

Denise parabéns.!!



Veja aqui algumas fotos do evento:

http://picasaweb.google.com.br/romainecarelli/ViniPortugal#