28 de fevereiro de 2008

O Sabor Moderno: da Europa ao Rio de Janeiro na República Velha


Enrique Rentería, é uma desses "caras" que depois que você o conhece jamais consegue escquecer.

Na minha opinião é uma das pessoas mais cultas e com maior bagagem em pesquisas e estudos voltados para a gastronomia.

Apreciador da boa mesa e dos sabores novos, é um estudioso e pesquisador incansável.

Desde que o conheci quando fui fazer o curso de Design e Tradição em Gastronomia não consigo esquecê-lo.

Aliás a PUC-RIO abriu novas turmas para esses curso que terá seu início dia 17/03.

Informações:


Depois de ter traduzido pra nós o magnífico " A Fisiologia do Gosto"(verdadeiro tratado de gastronomia) de Brillat - Savarin, escrito no início do século XIX, e de lá pra cá nunca parou de ser editado, Enrique precisava mesmo nos fazer sorrir novamente.
E ele fez, lançando seu livro - O Sabor Moderno: da Europa ao Rio de Janeiro na República Velha, trabalho magnífico.
O livro de Rentería nos traz um daqueles momentos de êxtase, que todo ser experimenta em algum momento da vida e em relação a algum fato especial.
Quando se trata dos sentidos e, no caso específico, os que atuam na raiz do fato gastronômico, ou seja, o gosto, o sabor e o paladar, a maestria do Autor sustentada pelo amplo e sedimentado conhecimento histórico e pelo alcance quase infinito das suas incursões nos domínios de Brillat-Savarin, Grimod de La Reynière e Carême, principalmente, resta-nos celebrar a rara chance de fazermos com Rentería essa viagem dos sonhos de qualquer gourmet.
O sabor moderno, resgata com sobras essa dívida, mostrando-nos que está a caminho a recuperação do “bem comer” da primazia temporária, e aparentemente perdida, para o “comer bem”.

O Sabor Moderno
Autor: Enrique Rentería
Gastronomia
Formato: 16 x 23 cm - 324 Páginas
ISBN: 978-85-218-0423-9
Preço Sugerido: 60,00

27 de fevereiro de 2008

Sogrape compra empresa chilena Chateau Los Boldos por cerca de 20 milhões de Euros



Sogrape Vinhos anunciou neste dia 22 de fevereiro a compra à família Dominique Massenez da empresa chilena Chateau Los Boldos, proprietária de mais de 270 hectares de vinhas no Vale de Rapel e presente em 70 países.
Fonte da Sogrape disse à agência Lusa que a aquisição envolveu um investimento de 30 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de euros).
As vinhas da Chateau Los Lobos, localizadas próximo da cidade de Requinoa, "beneficiam de um microclima excepcional para completar o portfólio da Sogrape com mais e novos vinhos premium".
Para o presidente da empresa, Salvador Guedes, "este é mais um passo importante no processo de internacionalização da Sogrape", que está apostada em reforçar a penetração nos "países de maior êxito no cenário vitivinícola internacional".
Nesta linha, a Sogrape já exportou o processo produtivo para a Argentina, em 1997, e recentemente para a Nova Zelândia.


Só pra refrescar a memória algumas das marcas da Sogrape:

Marcas:

* Casa Ferreirinha (Produz o Barca Velha, símbolo da mais alta qualidade de vinhos do Douro)

* Constantino

* Ferreira

* Finca Flichman

* Gazela

* Grão Vasco

* Herdade do Peso

* Mateus

* Sandeman

Fonte:

A LUSA


25 de fevereiro de 2008

Engarrafamento de Cabernet Sauvignon em Minas Gerais


Dona Maria I governou Portugal entre 1777 e 1792. Entrou para a história como Maria, a louca. Antes de fugir com a Família Real para o Rio de Janeiro e mergulhar profundamente em delírios e devaneios, a monarca jogou pesado contra as Minas Gerais. Aumentou as taxas sobre o comércio do ouro, assinou o decreto de condenação de Tiradentes e proibiu a criação de indústrias na colônia. Este ato foi endereçado, especialmente, às emergentes vinícolas mineiras, nascidas pelas mãos de portugueses, excluídos do processo de exploração aurífera. Com isso, ela conseguiu aniquilar, em sua nascente, uma indústria promissora no estado, que certamente concorreria com a principal atividade agrícola de Portugal. Agora, a história está mudando.“Em Minas, havia fazendeiros com até 170 hectares de videiras”, conta o professor de economia Istvan Karoly Kasznar, ao lembrar que os primeiros vinhedos brasileiros foram introduzidos por padres jesuítas e bandeirantes paulistas quase dois séculos antes do decreto fulminante da rainha. O professor, como é conhecido pelos funcionários da Vinícola Agrocultura Biguá Nandalina (ABN), em Andrelândia, região da Mantiqueira, no Sul de Minas, iniciou o engarrafamento, na quarta-feira, da primeira leva comercial do vinho da marca Doberdo, produzido com a sofisticada cabernet sauvignon, originária de Bordeaux, Sudoeste da França, apontada como a rainha das uvas tintas.Com aromas de amoras maduras e pimenta verde, temperados por ervas finas, a cabernet de Andrelândia, comercializada a R$ 100, a garrafa, ficou quase dois anos armazenada em tonéis de carvalho e garapeira. Nesse primeiro trabalho de envase serão 4 mil unidades de 700ml cada.Em dezembro, quando a vinícola recebeu licença do Ministério da Agricultura, Kasznar já havia engarrafado a bebida produzida a partir de outra uva cobiçada em todo mundo: a syrah, também originária dos campos franceses. A mais nova vinícola brasileira faz experiências ainda com pinot noir, sangiovese e merlot. “Todas as mudas são da França e Itália e aquelas compradas no Brasil têm origem francesa”, ressalta Kasznar.Carioca, filho de húngaros e doutor em gestão de negócios pela Universidade da Califórnia (EUA), ele tem duas paixões. A primeira é lecionar economia. A segunda, a vitivinicultura, que aprendeu a gostar ainda criança, ao descobrir os segredos da atividade com enólogos da Catalunha, Espanha, país onde morou dos sete aos 13 anos. Kasznar, que tem biblioteca com mais de 2,8 mil livros e revistas especializadas sobre o tema, é um dos responsáveis pelo renascimento da produção de vinhos finos em Minas.

Nas terras da vinícola, localizada a sete quilômetros do núcleo urbano de Andrelândia, o professor plantou parreiras em 22 hectares, dos 136 da propriedade. Ao redor das videiras, foram cultivados 5 mil pés de nozes macadâmia. Rica em selênio, indicada para equilibrar o nível de colesterol no organismo humano, são as parreiras, no entanto, as maiores beneficiadas pelo cinturão verde. As nogueiras evitam que ventos fortes danifiquem os pés de uva e proporcionam rendimento a mais para o negócio.Embora a intenção principal do professor seja fabricar “vinhos mineiros de qualidade superior”, a ABN dedicou 10% da produção à linha la brusca, denominação das uvas das quais se extraem os vinhos populares da marca Dei et Populi (Com Deus e O povo). As garrafas de niágara branca e da niágara rosada, que trazem no rótulo anjos barrocos e o recorte de uma rua da histórica Tiradentes, são vendidas a R$ 10. Já a resistente seibel, criada para suportar as doenças que acometeram vinícolas no século 19, custa R$ 15 a garrafa.

Cravada no alto de uma colina, em posição estratégica em relação aos demais setores da vinícola, a casa feita de pedra evoca paisagem tipicamente italiana. O interior é amplo, formado por um grande salão e um pequeno bar, contrastando com barris e tonéis rústicos para a vinificação.As janelas trazem o brasão da família Doberdo, o mesmo impresso no rótulo dos vinhos da ABN. O emblema é homenagem ao marechal do império austro-húngaro, José Breit Doberdo, bisavó de Kasznar. No porão, está instalada a adega totalmente abrigada da luz e protegida pela imagem de Santo Antônio.É nesse cenário cheio de símbolos ligados à produção de vinho que o professor recebe convidados, amigos e futuros distribuidores das marcas Doberto e Dei et Populi. “Estamos buscando parceiros para colocar o vinho mineiro na praça”, explica Kasznar. A casa de pedra e o “autêntico vinho das Minas Gerais” também atrai turistas brasileiros e estrangeiros, que deixam impressões no livro de visitas. “Muito bom. Um produto do Brasil para o mundo”, escreveu Giorgio, italiano de Nápoli.

Fonte:


UAI


22 de fevereiro de 2008

Vinhos e saúde - Os efeitos protetores da bebida para o coração


O vinho tem apreciadores em todo o mundo. Além de ser um ótimo acompanhamento para diversos pratos culinários, já estão comprovados os benefícios que a sua ingestão traz ao organismo. Segundo o cardiologista Jairo Monson de Souza Filho, editor do livro “Vinho e saúde – vinho como alimento natural”, a bebida é uma oferenda dos deuses para o coração.
“O efeito protetor do vinho sobre o coração está relacionado à ingestão moderada, regular e durante as refeições, quando não houver contra-indicação ao consumo de álcool. É desta maneira que melhor ocorre a absorção das substâncias cardioprotetoras”, destaca o médico. Ele enfatiza que a dose segura de álcool é diferente para cada um e difícil de determinar. “Depende de diversos fatores, como sexo, peso corporal, mais especificamente o peso do fígado, quantidade de enzimas que metabolizam o álcool e constituição gênica de cada indivíduo”, explica.
Conforme o especialista, os principais responsáveis, mas não os únicos, pelas virtudes terapêuticas do vinho são os polifenóis. Noventa a 95% deles se originam das cascas e sementes das uvas. “Como os vinhos tintos são fermentados na presença das cascas e sementes das uvas, diferentemente dos brancos, eles têm mais polifenóis e, em tese, mais virtudes terapêuticas”, afirma o cardiologista.
Quando se fala nos benefícios do vinho, é importante ressaltar a qualidade dos produtos brasileiros. Somente em 2007, segundo a Associação Brasileira de Enologia, foram mais de cem premiações conquistadas pelos vinhos e espumantes do país. Neste contexto, a Serra gaúcha ganha destaque com a presença de diversas renomadas vinícolas.
Esta região do estado do Rio Grande do Sul, por esta e outras particularidades, é um dos destinos dos pacotes oferecidos pelo Turismo Social do Serviço Social do Comércio (Sesc/RS), área de atuação que visa a proporcionar maior qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens e de serviços. As ações turísticas objetivam facilitar o acesso ao descanso e ao lazer, mas, também, promovem conhecimento histórico, social e cultural de cada localidade.

Fonte:

21 de fevereiro de 2008

"S de Soberanas 2004" distinguido com Prêmio de Excelência pela Revista de Vinhos

A Soberanas, produtora de vinhos instalada em pleno Baixo Alentejo, acaba de anunciar que o vinho "S de Soberanas 2004" foi distinguido com o Prémio de Excelência pela Revista de Vinhos, numa cerimónia realizada no CNEMA, Centro Nacional de Exposições de Mercados Agrícolas, em Santarém onde se premiaram os "Melhores do Ano" de 2007.

O "S de Soberanas 2004" foi um dos 30 vinhos premiados entre os 4.000 vinhos (Vinho do Porto, Vinho Madeira, Vinhos Generosos, Espumantes. Vinhos Verdes, Vinhos Brancos e Vinhos Tintos) provados ao longo do ano, pela equipe de degustadores da Revista de Vinhos.

F. Ferro Jorge, Produtor das marcas "Soberana" e "S de Soberanas" afirma.

"É com grande satisfação que vemos o S de Soberanas alcançar este prêmio. O fato de ter sido considerado um vinho excepcional e ter se destacado o melhor, entre os melhores, traduz o reconhecimento do nosso trabalho e nos dá confiança para continuar".

É de se lembrar que esse prêmio vem a somar, pois a produtora vitivinícola foi premiada no passado pelo seu tinto "Soberana 2004" que ganhou a Medalha de Ouro e o prêmio de excelência no VI Concurso de Vinhos da Península de Setúbal. Sendo que no ano seguinte, em 2007, alcançou ainda a Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2007, a Medalha de Bronze no International Wine Challenge 2007 e por fim a Medalha de Ouro no Mundus Vini International Weinakademie.

Fonte:

Agroportal

20 de fevereiro de 2008

Safra 2008 da Miolo deve ser equiparada às melhores dos últimos anos


O inverno rigoroso de 2007 (o mais intenso das últimas décadas) e o verão com clima seco e índice de chuvas abaixo do normal (influência do fenômeno La Niña) proporcionaram condições ideais para brotação e maturação das uvas. A expectativa é que a safra de 2008 deva atingir índices de qualidade iguais às melhores safras dos últimos tempos. Por isso, a Miolo Wine Group deve produzir em 2008 seus vinhos especiais, elaborados somente em safras excepcionais, como o Lote 43, Merlot Terroir e o Brut Millésime. Nas safras de 2006 e 2007 esses vinhos não foram produzidos.

“As baixas temperaturas proporcionaram uma brotação uniforme, o que se refletiu em uma maturação também parelha e na ótima sanidade das uvas”, explica o agrônomo da Miolo Wine Group, Ciro Pavan.

Colheita - Vale dos Vinhedos (Vinícola Miolo) e Serra Gaúcha (Lovara) - RS: A colheita no Vale dos Vinhedos de uvas pinot noir e chardonnay para a base de espumantes iniciou em 11 de janeiro. Essas uvas se caracterizaram por ter uma excelente sanidade e um ótimo equilíbrio de acidez para esta variedade. “Teremos espumantes mais finos e estruturados. A qualidade das uvas permitirá a elaboração do Brut Millésime”, diz o diretor técnico da Miolo Wine Group, Adriano Miolo.

Em fevereiro iniciou-se a colheita das uvas chardonnay e riesling para vinhos brancos. O grande destaque da variedade chardonnay foi a sua exuberância aromática e sanidade. As uvas já colhidas apresentam índice glucométrico de 20 graus babo, originando 12,5% a 13% em teor alcóolico. “Nesta safra, as uvas atingiram o nível ideal de açúcar, não sendo necessário a chaptalização (adição do açúcar), ou concentração”, explica.

A empresa já encerrou a colheita das uvas brancas, que representam cerca de 35% das 5 mil toneladas de uvas que deverão ser colhidas até abril na região.

Na segunda quinzena de fevereiro, será dado início à colheita das uvas merlot, com finalização prevista para o começo de março. Até o momento, as uvas desta variedade apresentam de 20 a 21 graus babo com baixa acidez e ótima maturação fenólica (tanino maduro). “As uvas merlot 2008 vão originar vinhos aveludados, macios e concentrados. Vamos elaborar o Merlot Terroir”, destaca Adriano Miolo.

A colheita das uvas cabernet encerra-se no final de março. Conforme Miolo, se o clima continuar seco será possível elaborar o Lote 43. “A maturação das uvas poderá ser igual ou superior as de 2004”, prevê.

Campanha - RS: O clima da região da campanha sofreu as mesmas conseqüências do efeito La Niña, com período de estiagem igual ao ocorrido em dezembro. “Foi preciso irrigar os vinhedos de forma emergencial pelo alto déficit hídrico apresentado. O clima seco influenciou positivamente na qualidade das uvas”, explica o agrônomo Ciro Pavan. A colheita iniciou em fevereiro e já foram vinificados todos os vinhos brancos pinot griggio, sauvignon blanc e viognier. O grau babo atingiu de 20 a 21, com 13% de álcool para brancos e a tendência dos tintos é de 13,5% a 14%.

Na segunda quinzena de fevereiro, será vinificado o tempranillo e no mês de março o tannat, castas portuguesas e cabernet sauvignon. Essa será a segunda safra vinificada na cantina do Fortaleza do Seival Vineyards, localizado em Candiota. A colheita deve chegar ao volume de 700 toneladas de uva.

Campos de Cima da Serra (RAR) – RS: O La Niña resultou em ótima qualidade para as uvas da região. A novidade para esta safra será a elaboração do vinho tinto Pinot Noir, já vinificado na primeira semana de fevereiro com excelente maturação e sanidade. A Miolo pretende lançar este ano o RAR Pinot Noir.

A colheita das uvas merlot iniciará em março na região. A de cabernet sauvignon, em abril. No total, a colheita nos Campos de Cima da Serra chegará a 250 toneladas de uvas.

As condições climáticas da safra - O comportamento climático anual exerce grande influência sobre a quantidade e qualidade de uma safra de uva. Os cachos de uva que hora colhemos iniciaram o seu desenvolvimento nas gemas dos brotos em crescimento, ainda na primavera de 2007.

- Primavera ensolarada significa que a próxima safra de uva terá um potencial produtivo muito bom.

- Um inverno com muitas horas de frio abaixo de 7,2 ºC interferirá positivamente na brotação das gemas deixadas na poda de inverno.

- Dias ensolarados durante o período de floração garantem uma boa fecundação e frutificação, originando cachos de uva bem formados e com um bom número de bagas. Com reflexos também na facilidade no controle das principais doenças da videira.

- Verão com dias ensolarados e com chuvas abaixo da média garantem a colheita de uvas sadias com maturação (fenólica) desejada.

- As boas condições climáticas são potencializadas quando o viticultor tem bom conhecimento das características genéticas de cada variedade de uva e a do seu comportamento ou reação ao“terroir”.

- Este conhecimento de adaptabilidade ao ambiente vitícola aliado ao uso de tecnologia de produção de uva e vinho de alta qualidade permite à Miolo desenvolver a viticultura em regiões propícias para grupos de variedades e extrair dos seus frutos o seu máximo potencial enológico.

Reportagem de: Ciro Pavan , agronômo.

Fonte:

Fator Brasil

18 de fevereiro de 2008

Consagrado chef-escritor, Anthony Bourdain, lança novo livro


O franco-nova-iorquino Anthony Bourdain já causou polêmicas em 2001 quando lançou Cozinha Confidencial e mostrou bastidores não muito agradáveis de restaurantes famosos; compilou artigos (Em Busca do Prato Perfeito), escreveu romance (Bobby Gold, leão-de-chácara) e revelou receitas do Les Halles, onde trabalhou em Nova York, cidade, aliás, em que vive. Agora, com o mesmo humor e ironia que o consagrou, o chef-escritor traz em Maus Bocados (Companhia das Letras, 360 pág., R$ 49,00) um diário de viagem onde descreve as peripécias de um cozinheiro curioso, que viaja os quatro cantos do mundo e prova os pratos mais exóticos. É, na verdade, um recurso que encontrou para trazer ao público outros registros de suas peregrinações pelas diversas gastronomias, além das veiculadas no programa de culinária que faz para a tevê. "O livro foi uma forma de mostrar algumas coisas que não consegui levar ao programa, porque ele era muito curto", diz ele, ao Paladar, em sua primeira entrevista de divulgação do livro a um veículo brasileiro.

No programa, Bourdain não deixou de passar pelo Brasil. Mas não é a vinda que está ali no documento audiovisual, realizada em janeiro do ano passado, que foi registrada no livro. Em Maus Bocados, ele relata sua primeira vez por aqui, a convite do editor da revista Food Arts, quando visitou São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. De São Paulo teve a impressão que fica difícil rebater: "É feia como o inferno". Mas não é antipatia. Bourdain explica: "Realmente é muito feia, mas fiz grandes amigos e fui muito bem recebido"."Fanático" por comida japonesa, por ser uma "comida leve e barata", Bourdain não aprovou a tradicional culinária da Liberdade. "Achei muito pesada", avalia. Mas diz ter adorado a feijoada da Cláudia, uma mulher da Vila Madalena que faz o prato sob encomenda, e também o sanduíche de mortadela do Mercadão. "É simples, mas é saborosíssimo. Não tenho nenhum preconceito com comida simples, pelo contrário", enfatiza.

No País, o chef simpatizou bastante com o restaurante Sorriso de Dadá, em Salvador. E não só pela picante comida, resultada dos típicos temperos baianos ("condimentos onipresentes e inebriantes") - mas também pela alegria do povo. "Gostei do ambiente, da cozinheira, da bebida, da música...Não sei se foi o restaurante que mais gostei da comida, mas foi o que me senti mais bem acolhido. Achei a Bahia muito interessante como um todo". Este apego pela situação, que por vezes sobrepõe o nível técnico de avaliação gastronômica, é uma característica que Bourdain revela já no prefácio do novo livro, quando relata a experiência de degustar uma foca, entre sangue e gosmas, com uma família canadense, na baía de Hudson ("como descrever a sensação de aconchego e intimidade naquela cozinha que, não fosse isso, seria prosaica?"). É assim, um tanto romântico, que ele conta à reportagem ter se apaixonado por Laus, no Sul da Ásia. "É um país que se envolveu na Guerra do Vietnã e que guarda uma história muito triste e, ao mesmo tempo, linda. A história deste país é muito evidente nas pessoas", diz ele.

O humor sarcástico verificado mais uma vez em Maus Bocados, é explicado pelo autor: "Todo chef tem que ser descontraído, senão acaba ficando louco com tanta pressão". É essa mesma pressão, diz ele, que justifica o Sistema D praticado por diversos chefs, que no Brasil poderia ser denominado de ‘jeitinho brasileiro’. Como, por exemplo, o caso de chefs que espremem a carne que ainda está ao ponto para sair o sangue e ficar bem passada mais rapidamente. "É ruim, mas eu compreendo, por já ter trabalhado em grandes restaurantes e ver a pressão que são submetidos".

Atualmente, Bourdain está numa fase "light". Recém-casado, diz que está fazendo tudo o que gosta: "comendo, viajando, me divertindo e aproveitando o casamento". Nos planos, um novo livro e adianta: será um romance policial. "Já estou até escrevendo". E livros de receita - teremos outros? "Não sei se pretendo escrever mais livros de receitas". Mas aos brasileiros, uma boa notícia: "Quero voltar ao Brasil o mais rápido possível".

Por enquanto, a opção é "viajar" pelo mundo com Bourdain: Maus Bocados chega às lojas no próximo dia 26.


Fonte:
Estadão

14 de fevereiro de 2008

Active Brands quer quadruplicar faturamento em 2008.




A distribuidora de vinhos Active Brands estimou hoje quadruplicar o volume de negócios em 2008, face aos os 80 milhões de euros faturados em 2007, fruto da entrada de três novos produtores portugueses no quadro de acionistas. Em comunicado, fonte da distribuidora, fundada em 2006 pela Sogevinus SGPS, diz terem entrado no capital da empresa os produtores J. Portugal Ramos Vinhos e J. Carranca Redondo Ltda.
Salientando que o capital social da Active Brands passa assim a ser "inteiramente detido por produtores nacionais", a fonte adianta que a entrada dos novos acionistas permitirá quadruplicar quer o volume de negócios, quer o número de caixas movimentadas pela distribuidora.
A entrada dos novos acionistas foi acordada no final de 2007 e vem surtindo efeitos.
Com um portfolio dividido entre os vinhos (licorosos e de qualidade) e as bebidas espirituosas, a Active Brands espera movimentar em 2008 um volume aproximado de oito milhões e meio de garrafas e conseguir um volume de vendas brutas na ordem dos 80 milhões de euros.
Para este ano, o principal objetivo da distribuidora é "conquistar quota de mercado através de um crescimento sustentado das marcas", de forma a vir a ocupar "uma posição de destaque no ranking da distribuição nacional".
"A entrada destes novos acionistas, conceituados produtores nacionais, traz óbvios benefícios tanto para o consumidor final como para o trade", defende o diretor geral da Active Brands, Nuno Loureiro.
Segundo explica, desta forma será possível uma "maior proximidade do produtor ao mercado e aos consumidores", com uma conseqüente melhor percepção quer das tendências de consumo, quer dos gostos do consumidor, e decorrente otimização da gestão de portfolio.
Cobrindo a totalidade do território nacional, continental e ilhas, a Active Brands está presente em todos os canais de distribuição, desde cadeias nacionais de hiper e supermercados, a cash & carry`s e distribuidores regionais.
O sócio fundador da Active Brands, Sogevinus SGPS, é proprietário de marcas de Vinho do Porto de prestígio como a Cálem/Velhotes, Burmester, Barros ou Kopke e de vinhos do Douro com denominação de origem controlada (D.O.C.) como a Casa Burmester e Curva.
Já o grupo J. Portugal Ramos produz os vinhos dos conceituados enólogos portugueses João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco, com marcas como Marquês de Borba, Lóios, Vila Santa, Quinta de Foz de Arouce ou Conde de Vimioso.
Quanto ao grupo J. Carranca Redondo Ltda é proprietário da emblemática marca portuguesa de bebidas espirituosas Licor Beirão.
Fonte:
LUSA

13 de fevereiro de 2008

Decanter de garrafa?


Um novo produto no mercado italiano, é o decanter da Versovino.
Este decanter é para ser utilizado diretamente na garrafa, após ser retirada a rolha.
Segundo os idealizadores, é um decanter mais prático para ir “aerando” a dosagem de cada vinho a ser servido, e com isso ir amaciando os taninos e separando os sedimentos... Será?
É bonitinho, mas se funciona mesmo, ainda não sei.

Inovações como estas são sempre bem vindas.


Para comprar:

11 de fevereiro de 2008

“É proibido desfilar com a genitália desnuda”


A tal genitália desnuda, rendeu o rebaixamento da São Clemente, caiu o tapa sexo, não caiu? A genitália ficou realmente desnuda?
Vai saber?
O que me espanta, é tamanha hipocrisia com a genitália alheia.
Com tanta coisa pra se preocupar eu lá quero saber da genitália dos outros?
É sempre assim, carnaval encerram-se polêmicas eleitorais, bandidos teoricamente dão uma trégua para que possam todos alegres pular o carnaval, e os turistas se sentirem mais “seguros” em nossa cidade.
Mais grave que a genitália exposta de Viviane Castro, é a pouca vergonha dos cartões corporativos.
É o comentário sofrível da Ministra Marta Suplicy sobre a crise aérea.
“O negócio é relaxar e gozar”
Ministra do Turismo de um país onde se procura combater a prostituição infantil e o turismo sexual...!!! ???
Muito legal e educativo o comentário infeliz da sexóloga.
E depois de tudo, ela só viaja de jatinho particular...
Pagos por quem?
Nós, ora bolas.
Segue então uma receita em homenagem a genitália desnuda de Viviane.
Pêssegos ao vinho com açafrão.
O que isso tem a ver com a genitália da moça?
Talvez nada, mas as coisas nesse país precisam fazer sentido?
Só pra saber, eis o artigo que fala da proibição.
É o regulamento da LIESA.


TÍTULO IIDAS OBRIGAÇÕES DAS ESCOLAS DE SAMBA E DEMAIS RECOMENDAÇÕES

Artigo 26.

V - impedir a apresentação de pessoas que estejam com a genitália à mostra, decorada e/ou pintada;

Pêssegos ao vinho Tinto e açafrão ou a Genitália Desnuda

Ingredientes:


6 pêssegos maduros e firmes e sem casca

suco de 1/2 limão

2 xícaras de chá de vinho tinto seco de boa qualidade

1 xícara de chá de água

2 paus de canela pequenos e quebrados

1 colher de café de açafrão

½ xícara de chá de açúcar

6 fatias de limão


Preparo:


Esfregue os pêssegos por inteiro com o suco de limão.

Numa panela grande, coloque o vinho, água, canela, açúcar e 3 fatias de limão. Deixe ferver e cozinhe por 15 minutos em fogo baixo.

Acrescente os pêssegos e cozinhe em fogo baixo por mais 20 minutos, virando-os de vez em quando para colori-los uniformemente com a calda do vinho.

Quando os pêssegos estiverem bem impregnados da cor do vinho desligue o fogo, acrescente o açafrão e deixe os pêssegos na calda por várias horas ou mesmo durante toda à noite, à temperatura ambiente.

Retire as frutas da calda e reserve.

Ferva a calda em fogo alto até reduzi-la a 1 xícara (chá).

Deixe esfriar completamente.

Sirva os pêssegos inteiros ou cortados em gomos.

Despeje sobre eles a calda.


Aproveite!!!

10 de fevereiro de 2008

Suco de beterraba pode "baixar pressão"


O consumo de meio litro de suco de beterraba por dia pode ajudar a baixar a pressão sanguínea significativamente, segundo uma pesquisa britânica publicada na revista online especializada Hypertension.

Aparentemente, a substância chave parece ser o nitrato, também encontrado em vegetais verde-escuros e folhosos.

Os pesquisadores concluíram que, em voluntários saudáveis, a pressão arterial diminuiu uma hora depois de consumido o suco, mas o efeito era ainda mais forte depois de três a quatro horas, e continuava a ser sentido até 24 horas depois de tomada a bebida.

O estudo conjunto da Queens University e da Universidade de Exeter poderia abrir caminho para um tratamento de baixo custo contra a pressão alta.

Anteriormente, os benefícios das dietas ricas em frutas e legumes eram atribuídos ao seu alto conteúdo de vitaminas antioxidantes.

Papel da saliva

Os pesquisadores mostraram que o nitrato presente no suco é convertido em nitrito na saliva, por bactérias presentes na língua.

Esta saliva contendo nitrito é engolida, e no ambiente ácido do estômago ela é ou convertida em óxido nítrico, ou reinserida na circulação como nitrito.

O ápice da redução da pressão arterial coincidiu com o ápice dos níveis de nitrito na circulação.

A redução da pressão, no entanto, não foi observada em um segundo grupo de voluntários, que não engoliu a saliva enquanto bebia o suco, ou durante as três horas seguintes.

Mais de 25% da população mundial é hipertensa e há estimativas de que este número poderia chegar a 29% até 2025.

A hipertensão é apontada como causa de cerca de 50% dos problemas cardíacos e aproximadamente 75% dos derrames.

“Nossa pesquisa sugere que beber suco de beterraba, ou consumir outros vegetais ricos em nitrato, pode ser uma maneira simples de manter um sistema cardiovascular saudável, e pode vir a ser mais uma forma de combater a pressão alta”, disse a médica Amrita Ahluwalia, envolvida no estudo.

O professor Graham McGregor, da British Hypertension Society, descreveu a pesquisa como “interessante”.

Segundo ele, “isso mostra que o suco de beterraba baixa a pressão a curto prazo em voluntários com pressão sanguínea normal”.

“Agora precisamos de pesquisas para ver se ele tem efeito sobre pessoas que apresentam pressão alta há um longo período de tempo.”

Segundo McGregor, já há pesquisas mostrando que uma dieta rica em frutas e legumes tem impacto benéfico sobre a hipertensão.

Mas ele afirma que estudos anteriores mostraram que o potássio pode ser o mineral chave.

Victoria Taylor, da British Heart Foundation, afirma que “enquanto o suco de beterraba foi usado neste estudo, é pouco provável que as pessoas consigam – ou queiram – consumi-lo nas quantidades usadas na pesquisa”.

“Apesar de sabermos que uma dieta rica em frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada é benéfica à saúde do coração, nós ainda não sabemos se há alguns mais benéficos do que outros, então, por enquanto, as pessoas devem continuar a consumir uma ampla variedade para atingir as cinco porções diárias de frutas e legumes.”

Fonte: BBC

1 de fevereiro de 2008

Rica safra de brancos


Mais uma vez, brancos feitos com a Sauvignon Blanc no Chile. Pode até parecer overdose, mas os preços e a qualidade mais do que justificam. Essa série de matérias sobre o mesmo tipo de uva nem sequer foi planejada. É que a pesquisa inicial mostrou um grande número de produtos promissores a preços atraentes que deveriam ser revelados aos leitores. E as degustações confirmaram a previsão. Assim, fomos levados a dividir entre os exemplares até R$ 30 (duas colunas) e depois até R$ 60, como a de hoje, que reúne apenas vinhos dos vales de Casablanca e San Antonio-Leyda.
Com os brancos do Valle Central, vamos conseguir mostrar um quadro bastante abrangente desses vinhos, entre os mais adequados para bebericar nestes dias de verão e também para acompanhar alguns pratos leves de peixes, frutos do mar e alguns queijos, como os de cabra (uma combinação especial) e os frescos. A Sauvignon Blanc e a Sémillon são as brancas mais tradicionais do Chile. A Chardonnay chegou há pouco tempo. A Sémillon dificilmente aparece nos rótulos e os vinhos feitos com a Sauvignon até uns 20 anos não se destacavam tanto. Como aconteceu com a Carmenère, que era confundida com a Merlot, plantas de Sauvignonaisse apareciam nos vinhedos misturadas com a Sauvignon Blanc. Hoje, esse problema está sendo sanado e os guias recentes nem falam em Sauvignonaisse. Nas plantações nos novos vales, que começaram em 1982 em Casablanca e depois se estenderam para San Antonio-Leyda, apenas a uva original. As distinções entre a Sauvignon e a Sauvignonaisse foram identificadas na década de 1990 e as boas vinícolas já conhecem as cepas. Como assinala o excelente Grapes & Wines, de Oz Clark e Margaret Rand, muitos dizem que a Sauvignonaisse seria a Pinot Grigio. Os autores assinalam que os vinhos efetivamente se parecem e aventam a possibilidade do aparecimento de bons elaborados pela Pinot Grigio (Sauvignonaisse) no Chile.

VENTISQUERO SAUVIGNON BLANC RESERVA 2007

ONDE: EMPÓRIO FREI CANECA - 3471-2082
Preço: R$ 39,90
Cotação: 89/100
Do Vale de Casablanca. O que se pode esperar de um Sauvignon leve, fresco alegre, ideal para bebericar. Boa relação qualidade-preço. Cor atraente, com reflexos esverdeados, como é comum e desejável em produtos dessa uva. Aroma potente e muito típico. Muitas frutas tropicais, notadamente maracujá. Também toques minerais. O vinho cumpre na boca a promessa do aroma. Bem dentro do que seria uma definição do Sauvignon Blanc: muita fruta, ótima acidez, frescor que convida para o gole seguinte e muito aromático. Não é dos mais encorpados e concentrados, no que fica ainda dentro do esperado. Equilibrado, com álcool comportado e mais do que no ponto... Melhorou com o tempo. Deixou sensação gostosa na boca. 13% de álcool.

CARMEN SAUVIGNON BLANC RESERVE 2006

Onde: Mistral - 3372-3400

Preço: R$44

Cotação: 91/100
A Carmen é associada ao grande grupo da Santa Rita e faz vinhos de vários tipos em diferentes vales do Chile. Este é de Casablanca e encanta do começo ao fim. Aroma excelente, desses que saltam do copo, muito potente. Toques esverdeados tornam a cor atraente, sugerindo o frescor que, encontramos no vinho. O maracujá domina o aroma, mais do que agradavelmente. Continua no mesmo diapasão na boca. Um vinho com concentração de sabor, não encorpado, mas elegante e muito gostoso. Melhorou com tempo no copo. Ficou mais complexo, com algo floral e de mel. Gostoso de bebericar e com concentração e acidez que o credenciam para acompanhar muitos peixes e mariscos. Pede para ser bebido já. Álcool equilibrado. 13% de álcool.

NIMBUS ESTATE SAUVIGNON BLANC 2006
Onde: Casa Flora - 6842-5199
PREÇO: R$ 45
Cotação: 88/100

Um produto da Viña Casablanca, ligada à tradicional Santa Helena. Vinhedos num local privilegiado e frio do Vale de Casablanca, bem perto do Pacífico, de onde chegam as brisas que influenciam o clima. Também reflexos esverdeados na cor bem clara. Aroma ótimo, mas não dos mais intensos. Evocações cítricas. Muito típico o aroma. Melhor na boca. Ataque gostoso, cítrico e muito fresco. Ótima acidez e boa concentração de sabor. Fresco, fácil de beber e de gostar. Melhorou com o tempo no copo. Depois de um certo tempo apareceram as evocações minerais e, principalmente, de maracujá. Também, algo de mel ao final. Equilibrado e também em ótima forma, bom para beber já. Longo. Fica sensação de boca limpa, saudável. 13,5% de álcool.

AMAYNA SAUVIGNON BLANC 2006
Onde: Mistral - 3372-3400

Preço: R$ 58

Cotação: 90/100

Um vinho de San Antonio-Leyda, região fria, bem perto do Pacífico e de implantação recente. Os brancos e os feitos com a Pinot Noir na região estão impressionando. A vinícola Garcez Silva faz este branco alegre, frutado e com ótima acidez e um outro fermentado em carvalho, mais caro, concentrado e diferente. Prefiro este, fresco delicioso, fácil de beber. Os Sauvignons que passam pela madeira são exceções. Aroma muito bom, não tão intenso e nem tão típico, apesar de lembrar o maracujá. Melhor na boca. Elegante, com corpo, e intenso. Vocação para a mesa, para peixes, mariscos e queijos. Quente, mas não alcoólico. Álcool não aparece demais, equilibrado. Algo mineral, evocações de pêra. 14,5% de álcool.

Fonte:
Estado de São Paulo